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Capital

Comércio de Campo Grande ainda não sentiu o “reforço” na segurança de Natal

GCM garantiu que operação anunciada está sendo realizada em toda Capital

Jhefferson Gamarra e Cleber Gellio | 01/12/2021 15:33
Movimentação de pessoas na região central de Campo Grande (Foto: Cleber Gellio)
Movimentação de pessoas na região central de Campo Grande (Foto: Cleber Gellio)

Para trazer mais segurança e conforto aos consumidores que farão suas compras de fim de ano, no comércio da região central nos bairros da Capital, a Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) iniciou nesta quarta-feira (1) a operação “Operação Cidade Segura”, que será realizada pela Guarda Civil Metropolitana.

De acordo com o órgão municipal, a ação tem o objetivo de fiscalizar as principais vias comerciais das sete regiões da Capital, mas de acordo com os comerciantes, neste primeiro dia de operação, não foi notada diferença na presença de agentes de seguranças realizando rondas, tanto na região central quanto nos bairros.

“Cheguei às 8 horas da manhã e neste horário não tinha a efetividade prometida. Normalmente eles trabalham em horário comercial aqui no centro, teria que ter uma escala especifica porque o malandro dorme na rua. Antes a Polícia Militar dava conta, acredito que a descentralização do comércio possa ter deslocado o efetivo que ficaria no centro”, relata o empresário Cezar Nogueira, 53 anos, proprietário de uma ótica na região central da cidade.

Além do baixo efetivo de guardas nas ruas, o empresário que há 33 anos trabalha no mesmo local, questiona a forma de trabalho dos agentes que realizam as rondas. “Em algumas situações percebo que os agentes estão com a atenção voltada para o celular, precisamos saber se esses telefones são corporativos, porque toma a atenção dos agentes, se for corporativo tem que ter uma identificação neles”, avalia o comerciante.

Comerciante Bruno Oliveira precisou reforçar a segurança da loja de alianças (Foto: Marcos Maluf)
Comerciante Bruno Oliveira precisou reforçar a segurança da loja de alianças (Foto: Marcos Maluf)

Na Rua 14 de julho, o vendedor da Casa das Alianças, Bruno de Oliveira, conta que foram investidos recursos para a segurança da loja, como alarme e videomonitoramento 24h, mas que até agora não sentiu o maior efetivo de guardas prometido. “Até agora nada, sempre no final do ano fazem esse tipo de ação depois somem, mas o final do ano já começou, talvez possa ser porque o horário diferenciado no comercio começa na segunda quinzena, mas já estamos no final do ano”, argumenta.

A população que circula pela região central compartilha do mesmo sentimento dos comerciantes. “Até agora não vi nenhum agente de segurança, em outras épocas não era assim”, diz a dona de casa Inês Santos, 42 anos.

Proprietária de uma loja de roupas no Nova Lima reforçou a porta com grades (Foto: Cleber Gellio)
Proprietária de uma loja de roupas no Nova Lima reforçou a porta com grades (Foto: Cleber Gellio)

No Bairro Nova Lima, Juliana Maria de 38 anos, proprietária de uma loja de roupas conta que a loja foi furtada e assaltada em 3 oportunidades. Ela conta que mesmo morando há duas quadras de um posto policial, não se sente segura em seu comércio. “Esse posto policial não faz diferença nenhuma, dá impressão que é só figurativo, porque sempre que precisa nunca tem ninguém”, resume a empresária que reforçou as portas da loja com grades.

Ao contrário da vizinha comerciante, o balconista de farmácia Henrique dos Santos, 31 anos, se sente segure e conta que frequentemente nota rondas policiais pelo bairro. “Na minha percepção aumentou a segurança, tenho percebido um maior número de viaturas da guarda e da policia militar percorrendo toda a região”, diz.

Vítima de um assalto a mão armada, Wanessa Escobar, 22 anos, a proprietária de um pet-shop no Bairro Parati, também diz que não notou nenhum reforço na segurança no primeiro dia de operação. Além disso, a empresária cobra ações durante todo o ano, não apenas em ocasiões especiais.

Circuito interno de segurança flagrou assaltante do pet-shop no Parati (Imagem: Reprodução)
Circuito interno de segurança flagrou assaltante do pet-shop no Parati (Imagem: Reprodução)

“Fui assaltada recentemente e me assustei bastante, ainda mais porque estou grávida, foi bastante tensa a situação. Até agora não notei esse aumento no efetivo prometido, apenas no final da tarde a gente vê uma viatura ou outra passando, que deve ser apenas por tora de deslocamento deles. Essas ações são apenas no final do ano, mas precisa ser estendido o ano todo”, avalia.

Na contramão do relatado pelos comerciantes, a Guarda Civil Metropolitana informou que as guarnições estão realizando rondas desde ontem nas 7 regiões da cidade: Centro, Segredo, Prosa, Bandeira, Anhanduizinho, Lagoa e Imbirussu.

Além disso, o trabalho realizado por 480 agentes, divididos de forma escalonada em 54 viaturas, não se limita apenas nas ruas principais dos bairros, mas também em ruas paralelas e em rondas de outras ocorrências, como repressão ao tráfico, roubo entre outras solicitações cotidianas.

Como resposta à reportagem, a corporação encaminhou imagens da operação realizada em diversas regiões da Capital na manhã desta quarta-feira. (Galeria abaixo)


Confira a galeria de imagens:

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