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Capital

Comoção e tristeza marcam velório da vítima de acidente na Interlagos

Vanda Escalante e Viviane Oliveira | 12/06/2011 15:51

Corpo da merendeira Seila Maria será sepultado amanhã, às 7h30, no cemitério Jadim da Paz.

Corpo de Seila foi velado neste domingo. (Foto: Simão Nogueira)
Corpo de Seila foi velado neste domingo. (Foto: Simão Nogueira)

Dor, tristeza e muita comoção marcam o velório de Seila Maria Oliveira Alfonso, que morreu ontem à noite, vítima de acidente de trânsito na Avenida Interlagos. Seila tinha 55 anos de idade e há 13 anos era merendeira da Escola Estadual José Barbosa Rodrigues, no bairro Universitário. As circunstâncias de sua morte chocaram a todos.

“Eu ia passando e vi tudo. A Caravan e o Chevete iam em alta velocidade, um ao lado do outro, e a moto mais à frente. Aí a Caravan não conseguiu desviar da moto. Como ela [Seila] estava na garupa, ficou presa no carro, que rodopiou e passou por cima dela antes de bater. O piloto da moto foi jogado longe e o Chevette fugiu”.

O relato é de Lurdes Barbosa de Lima, 50 anos, que afirma ter feito questão de ir ao velório para tirar da memória a cena do acidente que testemunhou. “Foi chocante, e eu fico me perguntando o que é preciso fazer para acabar com essa violência no trânsito”, completa.

A polícia ainda apura as causas do acidente, mas o relato das testemunhas indica que possivelmente os dois carros estariam disputando um “racha”. O acidente aconteceu por volta das 20 horas de ontem. Seila morreu no local.

Seila deixou a mãe, duas filhas e duas netas. O homem que pilotava a moto, Tony Vilmar dos Santos Oliveira, de 47 anos, era namorado de Seila. Ele está internado na Santa Casa e passou por cirurgia no início da tarde deste domingo.

No carro que atingiu a moto de Tony e Seila, estavam Maria Lúcia Caetano Maciel, de 33 anos, e Emerson Gonçalves Bureman, 22 anos, que dirigia a Caravan. Os dois ficaram bastante feridos e há informações de que Emerson estaria em estado grave, “entre a vida e a morte”, como relatou durante o velório uma das filhas de Seila.

Família - Leidiane de Oliveira Alfonso, 29 anos, é a filha mais nova de Seila. Ela contou que a mãe saiu ontem para ir ao shopping pagar uma conta. “Ela sempre teve pânico do trânsito e pedia para o namorado andar devagar”, conta. “Ela era uma mãe para todo mundo, era o alicerce da família e querida por todos”, diz Leidiane.

A mais velha, Ana Cléia de Oliveira Alfonso, de 34 anos, estava fora da cidade e só hoje recebeu a notícia da morte da mãe. “A gente imagina que acontece com todo mundo menos com a gente”, desabafa.

O pai de Leidiane e Ana Cléia, Agrício Alfonso, 57 anos, conta que foi muito difícil dar a notícia à filha e ver o sofrimento da família. “O pior foi é saber que essa morte foi causada por uma irresponsabilidade no trânsito”, diz.

A mãe de Silei, Analda Corrêa de Oliveira, de 74 anos, diz apenas que está chocada: “Ontem ela estava tão alegre em casa, e de repente acontece isso...”.

O corpo de Seila será sepultado amanhã, às 7h30, no cemitério Jadim da Paz.

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