Córrego transborda e invade vila de kitnets durante a madrugada
"Esse ano chegou mais cedo", disse moradorador que teve casa indavida pela água
Moradores de uma vila de kitnets na Vila Popular foram surpreendidos na madrugada deste sábado (19), após o Córrego Imbirussu transbordar com o volume da chuva. As casas foram invadidas pela água, causando prejuízos.
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Moradores da Vila Popular, em Campo Grande, enfrentaram uma madrugada de caos após o Córrego Imbirussu transbordar devido à chuva intensa. A água invadiu uma vila de kitnets, causando prejuízos significativos. Ramão Josué, de 61 anos, relatou que a água chegou até os joelhos, molhando móveis e pertences pessoais. Walkiria Ortiz, de 42 anos, também sofreu perdas, com eletrodomésticos e roupas danificados. Everton Cordeiro, que mora na parte mais alta, ajudou vizinhos a salvar seus pertences. A solidariedade entre os moradores foi crucial durante o incidente.
Ramão Josué, de 61 anos, conta que a água chegou a passar da altura dos joelhos. Morador do local há um ano, ele lembra que só teve tempo de colocar o gato em cima da cama antes de ver a casa ser tomada pela enxurrada.
"Já aconteceu antes, mas este ano chegou mais cedo. [A água] quando chega aqui, vem com tudo. Molhou minha cama e o cobertor, não deu tempo de tirar”, lamenta.
Quem também teve prejuízos foi Walkiria Ortiz de Souza, de 42 anos. A atendente de loja passou a manhã tremendo de frio enquanto limpava a casa. O alagamento atingiu o guarda-roupa e molhou todos os agasalhos.
“Faz dois anos que moro aqui e nunca vi isso acontecer. Estou tendo que cuidar da minha TV e dos aparelhos, porque quando fui tirar da tomada, eles caíram. O sofá, o colchão e a minha geladeira também molharam”, contou.
Por morar na parte mais alta da vila, Everton da Silva Cordeiro, de 31 anos, escapou do alagamento em sua residência. No entanto, o auxiliar de carga e descarga ajudou uma vizinha que não estava em casa no momento da enchente.
Há três anos no local com a esposa e o filho, Everton relata que, com o tempo, a solidariedade entre os vizinhos foi se fortalecendo. “Quem tá acordado vai levantando todo mundo. Quem tá em casa, vai levantando os móveis e ajudando as pessoas que precisam”, destacou.
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