Conselho de Saúde está equivocado e Capital terá Caravana, diz secretário
A Caravana da Saúde em Campo Grande será realizada em maio, mesmo com a resistência do Conselho Municipal de Saúde, que até acionou o MPF (Ministério Público Federal) na tentativa de impedir que o projeto seja realizado. A Caravana é um projeto criado pelo Governo do Estado, que leva saúde de graça à população. A meta é atingir todos os municípios e, até agora, já passou por 10 microrregiões.
“A Caravana vai acontecer, o Conselho de Saúde dá as diretrizes de atendimento, mas a operacionalização é do Poder Público, e a Caravana vai acontecer em Campo Grande independente da vontade do Conselho Municipal de Saúde”, afirmou Nelson Tavares, secretário estadual de Saúde.
Ele diz que a justificativa do Conselho de que a Caravana é ilegal por não ter sido pactuado pelo CIB (Comissão de Intergestores Bipartite) não tem fundamento. “O Cosems (Conselho de Secretários Municipais de Saúde) são é o nosso maior parceiro, então é tão óbvio que a Caravana tem o apoio dos municípios”, afirmou.
“Quero ver eles (do Conselho Municipal de Saúde) me proibirem de realizar as cirurgias com recursos do governo do Estado”, desafiou o secretário. Segundo ele, o atendimento tanto de consultas como cirurgias durante a Caravana da Saúde é feito em estruturas adequadas e preparadas para esse tipo de ações. Além disso, ele lembra que os hospitais que atendem pelo SUS, como a Santa Casa e o Hospital Regional, estão sem estrutura para realizar as cirurgias.
Campo Grande faz parte de uma microrregião onde estão localizados 16 municípios e a participaçãoda Capital na Caravana da Saúde foi confirmada há semanas e no último sábado o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, foi a Dourados para conhecer como funciona o projeto.
O município até criou uma comissão que está discutindo com a equipe técnica da Secretaria Estadual de Saúde os procedimentos a serem oferecidos à comunidade na Caravana, que será realizada de 14 a 29 de maio.
A Caravana começou em março do ano passado por Coxim, e já atendeu a população de
Ponta Porã, Três Lagoas, Paranaíba, Corumbá, Nova Andradina, Naviraí, Jardim, Aquidauana e Dourados. Até a etapa de Aquidauana, realizada em março, o investimento foi de R$ 38 milhões. Para Dourados e Campo Grande, a previsão era investir mais R$ 15 milhões.