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Capital

Coronel nega que traição motivou crime e reitera legítima defesa

Michel Faustino e Guilherme Henri | 14/07/2016 17:47
O advogado José Roberto Rosa, responsável pela defesa da oficial. (Foto: Guilherme Henri)
O advogado José Roberto Rosa, responsável pela defesa da oficial. (Foto: Guilherme Henri)
Itamara deixando a delegacia escoltada, de cabeça baixa e coberta com uma jaqueta. (Foto: Guilherme Henri)
Itamara deixando a delegacia escoltada, de cabeça baixa e coberta com uma jaqueta. (Foto: Guilherme Henri)

A tenente coronel da Policia Militar Itamara Romero Nogueira, acusada de matar o marido, o major Valdeni Lopes Nogueira, na terça-feira (12), negou que o crime tenha sido motivado por uma suposta traição e reiterou durante o seu depoimento na tarde de hoje (14) na 7ª D.P (Delegacia de Policia Civil), que teria atirado para se defender durante uma briga. Ela deixou há pouco a delegacia em um veículo descaracterizado.

As informações foram repassadas pelo advogado que representa a militar, José Roberto Rosa, que acompanhou o interrogatório conduzido pelo delegado Cláudio Zotto. De acordo com Rosa, Itamara teria atirado no marido depois de ser agredida e ameaçada por ele.

Segundo o defensor, a discussões seguidas de agressões teriam se intensificado nos últimos meses e, no dia do crime, o motivo da desavença entre o casal seria uma viagem que eles fariam na madruga de quarta-feira (13) para o Nordeste.

“Ele (major) teria desistido de viajar, sem nenhuma razão, e os dois começaram a discutir o que levou ao crime”, disse. Conforme Rosa, a oficial teria sido agredida por repetidas vezes e chegou a ser derrubada no chão.

O advogado ressaltou que o casal vivia, até então, harmoniosamente como marido e mulher, apesar de haver rumores de que os dois tinham relacionamentos extraconjugais. Inclusive, o major ostentava ser solteiro em seu perfil na rede social Facebook e em um aplicativo de relacionamento.

“Não há nada disso. Os dois presavam pela família, até porque eles tem uma filha e viviam bem como marido e mulher. Ela (Itamara) disse que desconfiava de alguma coisa, mas nunca tocou no assunto e isso nunca foi problema pra ela”, disse.

Ainda conforme o defensor, Itamara segue para alojamento da Penitenciária Militar, onde está detida desde ontem (13). Antes, a tenente-coronel ficou internada no Hospital Militar. O defensor deve entrar nesta sexta-feira com um pedido de revogação da prisão e pedir medidas alternativas, em último caso, prisão domiciliar.

O delegado responsável pelo inquérito, Cláudio Zotto, informou que, a partir de amanhã (15), serão ouvidos familiares de Itamara. Os parentes de Valdeni devem ser ouvidos na próxima segunda-feira (18). Até o momento, cinco pessoas, incluindo a oficial, já prestaram depoimento. Itamara foi autuada em flagrante e o caso está sendo tratado como homicídio simples e lesão corporal dolosa.

Vídeo a baixo mostra o momento em que ela deixa a delegacia

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