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Capital

Corpo de idosa assassinada deve ser enterrado só depois do Carnaval

Dirce Santoro Guimarães Lima, 79 anos, morta por agressão no sábado, teve o corpo localizado na segunda-feira (25)

Viviane Oliveira e Mirian Machado | 27/02/2019 11:59
Vila de casa onde a idosa morava há mais de 5 anos (Foto: Marina Pacheco)
Vila de casa onde a idosa morava há mais de 5 anos (Foto: Marina Pacheco)

O Corpo da aposentada Dirce Santoro Guimarães Lima, 79 anos, deve ser enterrado após o Carnaval, quando a sobrinha da vítima, a oficial de Justiça Leila Maria Santoro, 55 anos, residente em Itamonte (MG) vem à cidade fazer a liberação. Dirce não tinha parentes no município e morava sozinha desde o falecimento do marido.

A idosa foi agredida até a morte pela motorista Pâmela Ortiz de Carvalho, 36 anos, que prestava serviço como "táxi da vovô". A mulher, que admitiu o crime para não pagar as dívidas que havia feito em nome da aposentada, foi presa em flagrante por homicídio e ocultação de cadáver. 

O corpo dela foi encontrado na última segunda-feira (25) e permanece no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). Por telefone, Leila disse à reportagem que vem para Campo Grande somente no dia 18 de março. Antes disso, vai tentar encaminhar procuração para o agente de saúde, identificado como Wellington liberar o corpo junto ao Imol e fazer o enterro. “Só vou conseguir ir depois do Carnaval. Já tenho voo marcado. Não é justo deixar a minha tia numa geladeira”, lamentou.

Ela contou ainda que vem acompanhada por uma irmã de criação da aposentada. As duas são as únicas da família que eram mais próximas de Dirce. Pois a mãe de Leila, irmã da vítima, já faleceu. Hoje de manhã, as vizinhas da idosa lamentaram a morte da amiga, que vivia numa vila de casas, no Bairro Santo Antônio.

Uma moradora de 56 anos disse que já havia alertado a vizinha sobre Pâmela, que prestava serviço de táxi da vovó para Dirce. “Achei muito estranho o envolvimento dela com essa mulher. Dirce não tinha parentes próximos e desconfiava de todo mundo. Era briguenta e não deixava ninguém passá-la para trás”, contou.

Câmera de segurança flagrou momento que suspeita buscava idosa em casa, no sábado pela manhã (Foto: reprodução/vídeo)
Câmera de segurança flagrou momento que suspeita buscava idosa em casa, no sábado pela manhã (Foto: reprodução/vídeo)

Ainda segundo as vizinhas, Dirce era uma mulher ativa, acordava cedo para limpar a casa, varrer a calçada e dar comida para os cachorros e gatos da rua. “Como alguém tem coragem de fazer isso com uma velhinha”, lamentou. 

A outra moradora de 49 anos relembrou do dia que Dirce saiu com Pâmela e não retornou mais. “Elas saíram no sábado por volta das 8h. A mulher fazia questão de falar bem alto para a gente ouvir que levaria Dirce para uma chácara. Acho que ela já estava planejando o crime”, disse. As vizinhas comentaram também que a idosa já havia reclamado que Pâmela tinha feito várias compras em seu nome.

Caso - O crime aconteceu no sábado (22), quando Dirce saiu de casa e não voltou mais. Vizinhos estranharam o sumiço da idosa e decidiram registrar boletim de ocorrência de desaparecimento, na segunda-feira (25). À polícia, disseram que Pâmela foi a última pessoa que teve contato com Dirce.

Câmeras de segurança flagraram a vítima entrando no carro de Pâmela, pela manhã. Durante depoimento, a autora negou que havia se encontrado com a vítima, mas depois acabou confessando que após brigar com a idosa, a segurou pelo cabelo e bateu a cabeça dela várias vezes contra o meio-fio. Pâmela relatou ainda que ao perceber o que tinha feito, arrastou o corpo para debaixo de uma árvore e foi embora.

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