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Capital

Adolescente conta que trabalha no lixão para ajudar a mãe

Paulo Fernandes e Viviane Oliveira | 28/12/2011 21:34
Lixão não tem segurança, afirmam catadores (Foto: Simão Nogueira)
Lixão não tem segurança, afirmam catadores (Foto: Simão Nogueira)

Um menino de 16 anos contou ao Campo Grande News trabalhar diariamente no lixão.“Eu sempre venho e não tenho nenhuma dificuldade para entrar”, afirmou.

Ele conta que ganha cerca de R$ 80 por dia com a coleta de materiais no lixão para a reciclagem.

O menino está na 5ª série e conta que trabalha com consentimento da mãe, para ajudar no orçamento da casa.Catadores contam quem não há nenhum segurança ou vigia no lixão e que a entrada é livre.

TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre o Ministério Público e a Prefeitura garantia o isolamento da área do lixão de forma a proibir a circulação de pessoas no local.

O caso - Na tarde desta quarta-feira (28), Maikon Correia de Andrade de 9 anos foi soterrado no lixão na saída para Sidrolândia, em Campo Grande. O desmoronamento aconteceu quando um caminhão chegou para despejar o lixo, que foi compactado por uma máquina, como é a praxe.

A compactação, segundo testemunharam trabalhadores, costuma gerar desmoronamentos do lixo. Isso é o que torna o local onde as crianças estavam o mais arriscado do aterro e por isso mesmo o mais lucrativo.

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