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Capital

Dono de ferro-velho acusa funcionário do Reviva de vender materiais de obras

Preso por receptação, empresário ganhou liberdade após pagar fiança de R$ 1.500

Clayton Neves e Silvia Frias | 08/04/2022 14:21
Ferro-velho fica no Bairro Amambaí e não tem autorização para funcionar. (Foto: Guarda Municipal)
Ferro-velho fica no Bairro Amambaí e não tem autorização para funcionar. (Foto: Guarda Municipal)

Preso na tarde de ontem (7) durante operação da Guarda Municipal, Felisvaldo Rocha de Oliveira, de 68 anos, dono de um ferro-velho no Bairro Amambaí, em Campo Grande, disse à polícia que parte dos produtos ilegais encontrados com ele foram comprados após oferta feita por um funcionário da Engepar, empresa responsável pelas obras do Reviva Centro. O suspeito passou por audiência de custódia na manhã de hoje (8) e ganhou liberdade após pagar fiança de R$ 1.500.

No interrogatório, Felisvaldo disse que administra o ferro-velho há apenas 5 meses. Na empresa, que não tem autorização para funcionar, guardas municipais apreenderam cinco proteções para árvores, usadas no Reviva Centro, além de três grelhas e um tampão usados no sistema de captação de água e esgoto.

À polícia, o suspeito afirmou que parte dos materiais foram comprados por um funcionário do galpão. Pelos itens, cerca de R$ 50 foram pagos.

Questionado sobre as grades do Reviva, afirmou que há cerca de 30 dias, foi abordado por um funcionário que trabalhava nas obras do Centro. O encontro teria acontecido na Rua Antônio Maria Coelho e, de acordo com ele, sem nem ao menos saber com o que ele trabalhava, o rapaz ofereceu as peças. Na ocasião, o dono do ferro-velho disse ter pagado R$ 80 em três grades de proteção.

Em nota, a Engepar disse não ter identificado a falta de nenhum material, no entanto, afirmou que vai investigar a denúncia. A direção reforçou ainda que os funcionários não têm autorização para comercializar nada do que é usado no serviço.

Já a DP, outra empresa que presta serviço no Reviva Centro afirmou que não está realizando serviços na região da Rua Antônio Maria Coelho e que não notou nenhuma movimentação suspeita. “Caso seja comprovado alguma vinculação do assunto, notificaremos as autoridades competentes para as devidas providências”, pontuou.

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