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Capital

Dono de mercado diz que carne estragada seria descartada sábado

Delegado representou apenas pela homologação do flagrante já que empresário confessou o crime

Por Ana Paula Chuva | 16/01/2025 12:50
Dono de mercado diz que carne estragada seria descartada sábado
Parte da carne estragada encontrada no local e apreendida (Foto: Divulgação | PCMS)

Dono de mercado localizado na Rua Padre Mussa Ruma, Bairro Jardim Itamaracá, preso pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), alegou em depoimento que a carne estragada encontrada no local seria descartada “provavelmente” no próximo sábado. O flagrante aconteceu na tarde dessa quarta-feira (15) e no local foram encontradas, ainda, 75 frascos de vacinas para animais.

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O dono de um mercado foi preso pela Decon em Campo Grande após a apreensão de carne estragada, 75 frascos de vacinas para animais, e outros produtos com irregularidades, como peixes sem registro e linguiças sem identificação fabricadas no próprio local. O empresário alegou que a carne estragada seria descartada, mas não possuía autorização do Serviço de Inspeção Municipal. Ele também justificou a presença das vacinas e peixes, e afirmou que os produtos da padaria estavam com validade em dia, embora a licença sanitária estivesse vencida. O delegado optou pela homologação do flagrante, sem pedir prisão preventiva.

Ao delegado Reginaldo Salomão, o empresário de 51 anos afirmou que é sócio do supermercado há cerca de 11 anos e que dentro do local há um açougue e que todas as carnes vencidas que estavam dentro da câmara fria seriam descartadas “provavelmente no próximo sábado”, mas deveria aguardar o “osseiro” de uma outra empresa para fazer o manejo.

O homem confessou ao titular da Decon que não tem autorização do Serviço de Inspeção Municipal e que os produtos encontrados no corredor para preparo das linguiças não estavam sem validade, as etiquetas estavam apenas machadas, sendo possível ver que o prazo é o ano de 2025.

Já sobre os produtos encontrados na segunda câmara fria, o empresário confirmou que estavam sem identificação ou data de vencimento. Ele ainda confirmou que no terceiro refrigerador havia salsichas vencidas que foram compradas em grande quantidade são manejadas por açougueiros diaristas que acabaram mantendo-as de forma incorreta.

Em relação às vacinas, o homem relatou ao delegado que tinha uma propriedade rural que foi vendida e por isso levou os medicamentos que ficaram no mercado em “um cantinho, sem maldade”. Os peixes apreendidos também estavam nessa chácara e eram de psicultura particular, segundo o empresário, e não tem registro, muito menos passam por inspeção.

Ele confessou que as linguiças são fabricadas no próprio açougue do mercado, por isso, estavam sem identificação. Mas que a carne de porco estava esbranquiçada por conta do gelo e que não havia nenhuma carne estragada exposta à venda.

E assim, sobre os produtos embutidos de padaria, o empresário afirmou que os prazos de validade são acompanhados conforme os rótulos e que já havia protocolado o pedido para renovar a licença sanitária que estava vendida. O delegado não representou pela prisão preventiva do homem, pediu apenas a homologação do flagrante e ele ainda deve passar por audiência de custódia.

Ao todo, foram apreendidos 272 kg de carne suína com cor e odor alterados, 235 salsichas, vencidas há mais de três meses, 58 kg de frango, 32kg de calabresa e 538 kg de peixes com vísceras sem selo de procedência, portanto, produzidos clandestinamente. Além dos 75 frascos de vacinas.

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