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Capital

Duas empresas estão interessadas em cuidar da praça Ary Coelho

Ao todo em Campo Grande tem 103 locais adotados por empresas privadas, são 72 instituições que cuidam de locais como praças, canteiro, rotatórias, área verde

Yarima Mecchi e Rafael Ribeiro | 25/07/2017 14:27
Fonte da praça Ary Coelho. (Foto: Marcos Ermínio)
Fonte da praça Ary Coelho. (Foto: Marcos Ermínio)

Com banheiro sujo, aparelhos de ginástica e parquinhos danificados, e fonte desligada a praça Ary Coelho despertou o interesse em duas empresas privadas que querem cuidar do local. No centro de Campo Grande a área, que já foi até cemitério, pode ser 'adotada' através do Propam (Programa de Parceria Municipal).

No coração da Capital, o local está sempre movimentado e quem tentar usufruir do espaço público sofre com as condições de higiene do banheiro, por exemplo. Durante a visita da reportagem constatamos um forte cheiro de urina, sujo, sem papel higiênico ou lixeiras.

Com os filhos de 5 e 3 anos a secretária Maria Sandra Ramos, de 43 anos, moradora do Conjunto União, reclama da situação. “Sempre que eles estão de férias pedem para vir aqui, mas a gente fica receoso. Não tem banheiro e os equipamentos parecem que ficam piores a cada ano, com muita coisa quebrada”, destacou.

A academia ao livre estava danificada, faltando peças, como a barra de suporte para segurar as mãos e bancos. Equipamentos também estão com a tinta descascando e com ferrugem à mostra. No local destinado as crianças é a mesma situação. Alguns brinquedos estão quebrados, como a gangorra. Outros estão com peças faltando. Algumas dessas peças soltas estão encostadas no parque.

Equipamentos quebrados. (Foto: Marcos Ermínio)
Equipamentos quebrados. (Foto: Marcos Ermínio)

Outro ponto que preocupa é a fonte no centro da praça que está desligada, com acúmulo de água suja parada, atraindo animais como pombas. Os equipamentos eletrônicos do local estão quebrados e abandonados.

“O povo é complicado, não conserva. Eu já vi eles arrumando as coisas mais de uma vez, passa o tempo está quebrado de novo. Tem que alertar o povo para cuidar do que tem”, pondera o morador do bairro Parati, Sílvio Dutra, de 52 anos.

Outra reclamação gerada pelos frequentadores do local é a presença de moradores de rua e a insegurança. A reportagem não viu guardas civis municipais nos 30 minutos que esteve na praça.
"O que complica mesmo são esses mendigos que ficam aqui incomodando, afastando as pessoas e trazendo um cheiro ruim”, disse o vendedor ambulante de sorvetes, Vanderlei Gomes, 72 anos.

Fonte com água suja e pombos. (Foto: Marcos Ermínio)
Fonte com água suja e pombos. (Foto: Marcos Ermínio)

Propam - Ao todo em Campo Grande tem 103 locais adotados por empresas privadas, são 72 instituições que cuidam de locais como praças, canteiro, rotatórias, área verde. De acordo com a prefeitura, em 2015 eram ​68​ áreas adotadas, em 2016 aumentou para 97 áreas e em ​2017 o dado passou para 101 áreas adotadas, e 13 áreas em tramitação.

O Propam é coordenado pela Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano). O objetivo é ajudar a prefeitura na manutenção de praças, parques, canteiros e rotatórias por meio de convênio com a iniciativa privada.

"Ainda há alguns espaços públicos disponíveis para adoção, por exemplo, a Praça do Peixe, Praça do Rádio, entre outros", ressalta a administração municipal.

Com a adoção dos locais públicos a Prefeitura Municipal de Campo Grande reduz os gastos com manutenção. "Em contrapartida, quem adota um espaço público, demonstra sua responsabilidade social, e tem o direito de associar seu nome, ou de sua empresa, a essa causa. Os locais adotados são identificados com placa ou placas (dependendo do tamanho da área), de acordo com padrões fornecidos pela Planurb, com o slogan: Área Adotada por (nome da empresa)", disse a prefeitura.

A Planurb fica na Rua Hélio Castro Maia, 279 - Jardim Paulista, Campo Grande. Mais informações podem obitidas pelos telefones 3314-5164, 3314-5175 ou 3314-5163.

Gangorra quebrada.
Gangorra quebrada.
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