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Capital

Em 1 dia, mais 3 ameaças de massacre em escolas são levados à polícia

Dois casos ocorreram em Campo Grande e um em Dourados; já chegam a 9 os números de ameaças em escolas de Mato Grosso do Sul

Kerolyn Araújo | 11/04/2019 06:48
Aluno da Escola Estadual Hércules Maymone foi encaminhado à delegacia após ameaça. (Foto: Henrique Kawaminami)
Aluno da Escola Estadual Hércules Maymone foi encaminhado à delegacia após ameaça. (Foto: Henrique Kawaminami)

Nas últimas horas a Polícia Civil registrou mais três ameaças de massacre em escolas públicas de Mato Grosso do Sul. Dois casos ocorreram em Campo Grande e um em Dourados. Já chega a nove os registros desse tipo de crime desde o atentado em Suzano, no dia 13 de março, que deixou 10 mortos.

Na noite de ontem (10), a Polícia Militar foi acionada após uma ameaça de massacre na Escola Estadual Hércules Maymone, localizada na Rua Joaquim Murtinho, em Campo Grande. Um aluno de 18 anos roteou a rede de Wi-Fi com a mensagem ''Massacre Hércules às 20h30''.

Por meio de um aplicativo, a Polícia Militar chegou ao autor da ameaça. Aos militares, o estudante disse que escreveu a mensagem em tom de brincadeira. Ele foi detido e encaminhado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. O celular foi apreendido.

O segundo caso registrado em Campo Grande foi na Escola Estadual Padre José Scampini, no Coophavila II. O diretor procurou a polícia após tomar conhecimento de que uma pessoa estaria mandando mensagens em grupos de WhatsApp dizendo que a escola seria alvo de massacre.

Nas mensagens, o autor disse que sete pessoas vestidas de preto entrariam na escola nesta quinta-feira (11) no horário do recreio e fariam um massacre. O responsável por repassar a mensagem não foi identificado.

Em Dourados, cidade distante a 233 quilômetros de Campo Grande, a polícia está monitorando um adolescente de 17 anos, após identificar potencial dele para um possível ataque contra colegas e professores da escola pública onde estuda.

Ontem (10), uma equipe do SIG (Serviço de Investigações Gerais) cumpriu mandado de busca na casa do estudante e apreendeu o celular dele, um canivete e uma “faca oculta”, feita pelo próprio adolescente usando um cabo de estilete de cortar papel. No nome da escola e o bairro onde o rapaz moram não foram revelados.

Com esses três casos, chegam a nove o número de ameaças de massacres em escolas públicas do Estado.

Segundo a delegada Fernanda Félix, da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), esse tipo de ameaça generalizada pode ser equiparada ao ato infracional de ameaça, apologia e instigação ao crime. Os autores podem ser encaminhados para Unei (Unidade Educacional de Internação).

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