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Capital

Em celebração de Sexta-Feira Santa, Dom Dimas pede paz ao falar de Jesus

Caroline Maldonado | 25/03/2016 17:14
Arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, presidiu celebração no Santuário de Nossa Senhora da Abadia (Foto: Marcos Ermínio)
Arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, presidiu celebração no Santuário de Nossa Senhora da Abadia (Foto: Marcos Ermínio)

Silêncio, jejum e abstinência. Para os católicos, a Sexta-feira Santa é momento de lembrar a crucificação de Jesus e sua morte no calvário, por isso não poderia ser diferente. Às 15h de hoje, mesmo horário em que Cristo morreu, segundo a fé cristã, o arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, fez a celebração no Santuário de Nossa Senhora da Abadia, no Bairro Chácara Cachoeira.

Cerca de 150 fiéis se reuniram no local para uma momento que é diferente da tradicional missa realizada o ano inteiro, conforme o arcebispo. “Hoje a liturgia é da Paixão, diferente daquela da missa, que hoje não é celebrada em nenhum lugar do mundo. Fazemos orações universais para nossos governantes e pela paz entre os povos e relembramos cada passo de Jesus até a morte e ressurreição”, comentou Dom Dimas.

O arcebispo destacou durante a celebração as sete palavras de Cristo, já na cruz. Cada frase dita é importante para reflexão e tem o poder de trazer esperança aos cristãos, segundo Dom Dimas. Ele lembrou os instantes em que Jesus pediu perdão para os que o torturavam, que pediu água, que questionou o abandono de Deus, que disse à sua mãe que considerasse como seu filho um de seus discípulos, que assegurou a um condenado a entrada no paraíso, que deu tudo por consumado e, por fim, o momento em que entregou seu espírito a Deus.

A mensagem foi alvo de olhares atentos dos fiéis, que hoje não puderam ver as imagens, como de costume, pois todas foram tampadas com mantos, em respeito ao momento lembrado.

De Sete Lagoas, Minas Gerais, a aposentada Norma Vaz de Melo, 60 anos, veio à Campo Grande, onde participa de todas as atividades da paróquia nesta semana. Para quem não é da igreja, ela explica o significado da Sexta-feira Santa. “É um momento de paz, que é o que mais precisamos. Eu falo que sou viciada em Jesus, porque aqui não vejo a hora passar, porque encontro conforto”, disse a aposentada.

Entre os participantes, a empresária, Maria Gorete Coutinho, 60 anos, destacou que lembrar a trajetória de Jesus é, na verdade, algo para todos os dias. “Aqui é a minha segunda casa. Hoje é a Sexta-feira Santa e desde ontem lembramos os momentos em que Jesus foi preso, torturado, crucificado até que morreu às 15h, por isso é esse o horário em que estamos aqui. É algo que deve ser lembrado todos os dias, porque ele deu a vida por nós e mensagem de amor, caridade, humildade.

Programação – A celebração da Semana Santa continua amanhã (16), Sábado de Aleluia, com a Vigília Pascal, quando se recorda a vitória de Cristo sobre a morte. Estão programadas missas em várias paróquias de Campo Grande, a partir das 19 horas.

No Santuário de Nossa Senhora da Abadia, o sábado terá missa às 20h com o Padre Paulo Vital. Os fiéis devem levar água e velas para receber a Benção do Fogo. No domingo (27), haverá missa às 10h e batizados de crianças. Para as 18h, está prevista a missa de Páscoa com o Padre Paulo. O santuário fica na Rua Coronel Cacildo Arantes, nº 408, no Bairro Chácara Cachoeira.

Cerca de 150 fieis se reuniram no local para celebração (Foto: Marcos Ermínio)
Cerca de 150 fieis se reuniram no local para celebração (Foto: Marcos Ermínio)
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