Em frente ao Bioparque Pantanal, grupo pede "anistia já" e saída de Lula
Cerca de 300 pessoas se manifestam nesta manhã (16) pedindo liberdade a presos em 8 de janeiro de 2023
Um grupo de aproximadamente 300 pessoas protesta neste domingo (16) em frente ao Bioparque Pantanal, em Campo Grande. Eles pedem "anistia já" para os presos acusados de tentar golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023 e exibem faixas defendendo a saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
RESUMO
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Manifestantes protestam em Campo Grande pedindo anistia para presos acusados de golpe e a saída de Lula. O grupo, de cerca de 300 pessoas, se reuniu em frente ao Bioparque Pantanal, com faixas e roupas verde e amarela, algumas com o rosto de Bolsonaro. A professora Lídia Maria Ribas defende a liberdade dos detidos, comparando o caso com a anistia dada a presos políticos da Ditadura Militar. O estudante Caio Lucas também apoia a soltura dos presos, alegando que o país está cada vez pior. Os políticos Luiz Ovando e André Salineiro participaram da manifestação, defendendo a anistia e criticando a condenação em grupo e a atuação do STF. Salineiro comparou a pena dos presos com a de outros crimes, defendendo que há inocentes entre os detidos.
Os manifestantes começaram a se concentrar às 9h. A maior parte do grupo está na calçada do complexo turístico, embaixo de árvores. Cerca de 50 foram para o canteiro central ou caminham pela Avenida Afonso Pena agitando quem passa de carro ou moto.
Todos vestem de verde e amarelo. Algumas roupas e bandeiras têm o rosto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estampado, ele que também foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por tentativa de golpe.
Anistia - Professora do curso de Direito da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Lídia Maria Ribas, de 68 anos, quer a liberdade dos detidos a exemplo da anistia dada a presos políticos da Ditadura Militar brasileira.
"As pessoas estão perdendo a liberdade. Todos os presos políticos de 64 para cá tiveram anistia. Então, os únicos presos que não têm são os do 8 de janeiro. É por justiça mesmo [que estamos aqui], não é uma justiça exacerbada feita segundo a vontade de alguns juízes, é uma justiça de acordo com a legislação que todos nós, que elegemos nossos representantes para a Câmara e para o Senado, fizemos", falou à reportagem.
Caio Lucas, 17 anos, se identificou como estudante da UFMS e membro do Juntos, que reúne jovens cristãos e se organizou para participar da manifestação.
Ele também entende a soltura dos presos como questão de justiça. Afirma que "o país está cada vez pior" e que universitários são prejudicados pela gestão da instituição federal feita pela União.
Políticos - O deputado federal Luiz Ovando (PP) e o vereador da Capital, André Salineiro (PL), estavam misturados entre os manifestantes nesta manhã.
Ovando defendeu "separar as penas" no grupo de presos.
"A defesa da anistia é porque essas pessoas foram injustamente condenadas. Não se faz condenação em grupo, você tem que separar as penas. Aqueles que verdadeiramente depredaram, a gente não ouviu falar sobre eles. A depredação de patrimônio público é crime, mas você se manifestar conforme a Constituição Federal, não é. Nós queremos anistia por isso e para restabelecer o ordenamento jurídico desse país que foi distorcido pelo STF (Supremo Tribunal Federal)", declarou.
Já Salineiro disse acreditar que há inocentes presos e comparou a aplicação da pena no caso de outros crimes.
"Todos foram presos porque quiseram dar uma resposta para o povo. Ao mesmo tempo que levaram parte dos arruaceiros, levaram pessoas inocentes. Essa é a questão principal. A pessoa participa de uma baderna e fica mais de dois anos presa. Aí o traficante aqui, é preso e sai em um mês e meio. Um homicida sai com menos de seis meses se não tem antecedente", pontuou.
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