Em greve, escolas municipais iniciam reposição e mantêm férias de julho
O secretário municipal de Administração, que responde interinamente pela pasta da Educação, Wilson do Prado, autorizou a direção das escolas que optaram em encerrar a greve, a iniciarem a reposição de aulas a partir do próximo sábado (4). Segundo ele, apenas duas escolas continuam em greve, 47 estão com atividades parciais e 45 funcionam normalmente.
No entanto, o número de escolas que irá repor aulas deve ser maior, já que no início do movimento havia mais escolas em greve. Sobre o calendário referente as férias de julho, o secretário afirmou que será mantido, com o início do recesso marcado para a segunda quinzena do mês.
As reposições acontecerão aos sábados e o número de aulas que serão recuperadas vai variar em cada escola, já que depende do número de dias que o docente aderiu ao movimento.
O secretário Wilson do Prado também disse que vai marcar uma reunião com os pais para explicar os detalhes das reposições e do calendário de férias.
Já o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Gonçalves, ressalta que o número de escolas paralisadas subiu para 13 e que o calendário de reposição e férias deveriam ser discutidos após o encerramento da greve, porém diz que não há como o sindicato interferir no funcionamento das escolas e nas determinações da Semed (Secretária Municipal de Educação).
“O secretário está fazendo isso para minar o movimento, mas não vamos desistir”, ressalta. A categoria pretende continuar pressionando o prefeito Gilmar Olarte (PP) a apresentar uma contraproposta àquela apresentada pela categoria, que é a de parcelar em dez vezes o índice de reajuste de 13,1%.
Entre as atividades decididas em assembleia na manhã desta quarta-feira (1), estão panfletagens, que começou às 14 horas de hoje, em frente a prefeitura, retorno a sessão da Câmara Municipal nesta quinta-feira (2) e um ato na Semed, a partir das 9h de sexta-feira (3), quando a categoria irá entregar ao secretário Wilson do Prado, um documento destacando a insatisfação com a decisão da administração de cancelar projetos pedagógicos complementares.
À tarde os professores voltam a se reunir na sede da ACP, para deliberar novos encaminhamentos em assembleia. No sábado, a partir das 8 horas, também está definida uma pedalada pelas ruas do centro da Capital, informando a população sobre o movimento.