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Capital

Em mais um mega julgamento, Jamilzinho volta aos bancos dos réus em setembro

Jamil Name Filho e mais dois réus respondem pela morte à queima-roupa de Marcel Colombo, o "Playboy da Mansão"

Por Silvia Frias | 04/06/2024 09:31
Marcel Colombo foi executado à queima-roupa, com tiros de pistola 9 milímetros (Foto/Arquivo)
Marcel Colombo foi executado à queima-roupa, com tiros de pistola 9 milímetros (Foto/Arquivo)

Três réus pela morte de Marcel Costa Hernandes Colombo vão a julgamento, nos dias 16, 17, 18 e 19 de setembro, em Campo Grande, seis anos após execução a tiros de pistola 9 milímetros.  Dois deles, Jamil Name e Marcelo Rios, já foram condenados pela morte do estudante Matheus Coutinho Xavier, em julgamento realizado em três dias e que exigiu grande aparato de segurança, em 2023.

As datas foram estipuladas pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, em despacho dado ontem (3), no processo aberto em 2020, pela 2ª Vara do Tribunal do Juri.

Marcel Colombo, também conhecido como “Playboy da Mansão”, foi executado à queima-roupa em um bar de Campo Grande, na madrugada de 18 de outubro de 2018. O amigo, Tiago do Nascimento Brito, ficou ferido.

Além de “Jamilzinho” e do ex-guarda municipal Marcelo Rios, também vai a julgamento o policial federal Everaldo Monteiro de Assis, todos acusados pelo homicídio qualificado do “Playboy da Mansão” e a tentativa de homicídio contra Tiago. Rafael Antunes Vieira foi acusado por porte ilegal de arma.

Imagens flagraram momento da execução, em um bar da Capital, em 2018 (Foto/Arquivo)
Imagens flagraram momento da execução, em um bar da Capital, em 2018 (Foto/Arquivo)

Para Juanil Miranda Lima, o processo foi desmembrado, já que é tido como foragido da Justiça; Para Rafael Antunes Vieira, pronunciado por crime conexo de porte de arma foi pedido que colha o parecer do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para que fique expresso quanto à proposta de ANPP (Acordo de Não Persecução Penal) ao acusado. "(...) alguns promotores têmrevisto seus posicionamentos e oferecidomencionada proposta mesmo após oferecida a denúncia para acusados que preenchem os requisitos (...)".

Outros dois réus foram retirados da ação por morte: Jamil Name, pai de Jamilzinho, vítima de covid-19, e José Moreira Freixes, o “Zezinho”, morto em troca de tiros, em dezembro de 2020.

Julgamento – O magistrado determinou que as sessões comecem às 8h, no Fórum de Campo Grande. A exemplo do júri realizado em julho do ano passado, Jamilzinho e Marcelo Rios, hoje no Presídio Federal de Mossoró (RN), poderão acompanhar as sessões presencialmente.

A medida foi tomada por conta de habeas corpus concedido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) que havia assegurado o direito aos réus de acompanhar o julgamento ocorrido no ano passado e por “ter na gema o mesmo princípio ativo”.

Da esquerda para direita: Jamil Name Filho, Vladenilson Olmedo e Marcelo Rios durante julgamento, em julho de 2023 (Foto/Arquivo)
Da esquerda para direita: Jamil Name Filho, Vladenilson Olmedo e Marcelo Rios durante julgamento, em julho de 2023 (Foto/Arquivo)

O agendamento, de acordo como o magistrado, foi feito com antecedência para que o Ministério da Justiça, “não venha justificar falta de tempo para montar a logística necessária de escolta tais como planejamento, diárias dos policiais penais, passagens aéreas, inclusive, dos presos, etc” e, assim, evitar outro adiamento, como tinha ocorrido no julgamento da morte de Matheus Coutinho.

Aluizio Pereira também determinou que a defesa dos réus reveja a lista de testemunhas, atualmente, com 19 nomes, sendo limitada ao número de cinco a cada parte. Isso porque vários já foram ouvidos durante o processo, há gravações desses depoimentos e manter o confinamento de todos, até o último interrogatório, seria “insensatez jurídica”, por conta do desconforto, “sem dizer custo com hotel, vigilância por oficiais de justiça, etc”.

Morte – Segundo investigação, Marcel Colombo estava sentado numa das mesas do bar na Avenida Fernando Corrêa da Costa, que fica próximo à calçada, quando o atirador desceu de uma motocicleta e sem tirar o capacete, disparou pelo menos duas vezes nas costas da vítima.

O assassino estacionou atrás do veículo do Marcel. Após o crime, voltou para a moto e fugiu virando na primeira rua à direita. Toda ação foi filmada pelas câmeras de segurança do bar.

No dia 26 de outubro de 2018, uma semana depois, o empresário Joel Colombo prestou depoimento na 1ª Delegacia de Polícia, em Campo Grande, e contou que o filho tinha uma desavença com Jamil Name Filho por causa de briga ocorrida em casa noturna da cidade anos antes. Relatou ainda que Marcel chegou a procurar o pai do desafeto, o empresário Jamil Name, para pedir desculpas pelo ocorrido.

José Moreira Freires, o “Zezinho”, e Juanil Miranda, os assassinos de aluguel que mataram Matheus Coutinho Xavier, também são apontados como os pistoleiros responsáveis pelo assassinato de Colombo, mas no caso do “Playboy”, Juanil seria o atirador.

Pela morte de Matheus Coutinho Xavier, Jamilzinho foi condenado a 23 anos e 6 meses de reclusão; Marcelo Rios foi sentenciado a 23 anos de prisão e Vladenilson Olmedo a 21 anos e 6 meses de reclusão.

Marcel Colombo, quando foi preso em 2017, em audiência na Justiça Federal (Foto/Arquivo)
Marcel Colombo, quando foi preso em 2017, em audiência na Justiça Federal (Foto/Arquivo)

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#matéria atualizada às 12h40 para correção de informação.

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