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Capital

Pai de bebê que morreu na UPA cobra respostas

Menino teve parada cardíaca e chegou a registrar 300 batimentos por minuto após receber medicação na veia

Por Gabriela Couto e Kamila Alcântara | 26/01/2025 16:00
Pai de bebê que morreu na UPA cobra respostas
Mãe chora sobre o corpo do filho durante o velório (Foto: Osmar Veiga)

Desolados, os pais do bebê Antony Miguel Rodrigues Silva, de apenas 1 mês de vida, cobravam respostas do motivo de estarem velando o corpinho do pequeno na tarde deste domingo (26). O menino estava apresentando dificuldade de respirar nos últimos dias e morreu na UPA Coronel Antonino, após receber medicação na veia.

“Eu cheguei em casa do trabalho ontem (25) e meu filho e esposa não estavam. Fui informado pelos familiares que meu filho estava entre a vida e a morte na UPA. Ao chegar lá, descobri que ele tinha morrido depois de sete minutos que aplicaram remédio na veia dele. O coração chegou a bater 300 vezes por minuto”, lamenta o pai, Antonio Sabino, 26 anos.

Ele estava revoltado, porque até o momento do velório do filho, não sabia qual o remédio foi administrado em Antony. “O laudo do IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) sai só em 15 dias e não sabemos ao certo que o aconteceu. Nós sempre buscamos ajuda médica para nosso filho, até para uma simples assadura. Jamais pensei que ele fosse morrer assim”.

Pai de bebê que morreu na UPA cobra respostas
Pai consola esposa na despedido com o filho (Foto: Osmar Veiga)

O sepultamento do pequeno será às 16h30, no Cemitério do Cruzeiro. Toda a cerimônia só foi possível após a mobilização de pessoas que se sensibilizaram com o pedido de ajuda dos pais, que não tinham recursos para enterrar o filho.

Além da vaquinha, a despedida só foi possível após uma assistente social, que é servidora pública, de 52 anos, completar o montante que faltava. “Eu vi o caso pelo Campo Grande News. Sou mãe, sou avó e me compadeci”, disse a mulher que não quis se identificar.

Ela doou uma vaga no jazigo da família para Antony. “A mãe queria muito que fosse nesse cemitério, porque é mais perto da casa dela e ela quer vir visitar. A gente tentou com a prefeitura, que deu todo o suporte, ofereceu o funeral social para ela, mas só tinha vaga no Santo Amaro. Eu ajudei na negociação e desconto com a pax”.

A tia do menino, Hanna Carolina, 22 anos, agradeceu todos que ajudaram. “A vaquinha ajudou muito. Graças a ajuda de todos e as mensagens conseguimos enterrar nosso Antony”.

Pai de bebê que morreu na UPA cobra respostas
Amiga da família apoia mãe de Antony (Foto: Osmar Veiga)

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