Equipe digitaliza 1 milhão de imagens por mês para organizar acervo do TJ
Trabalho envolve higienização, digitalização, controle de qualidade e organização do arquivo físico
RESUMO
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O Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul realiza a digitalização de seu acervo físico, processando aproximadamente 1 milhão de imagens mensalmente. Uma equipe terceirizada de 21 colaboradores, coordenada por Fábio Lopes, executa o trabalho em sete etapas, desde a higienização dos documentos até a inserção de metadados. O acervo, estimado em 8 milhões de processos físicos, está distribuído em dois galpões que abrigam documentos da capital e do interior do estado. Entre os materiais históricos preservados, destaca-se um termo de audiência manuscrito de 1941, que revela aspectos da organização judiciária da época.
A digitalização dos processos físicos do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul é realizada por uma equipe terceirizada coordenada por Fábio Lopes, administrador responsável pelo serviço. Com 21 colaboradores, o grupo digitaliza cerca de 1 milhão de imagens a cada 30 dias.
Segundo Fábio, o trabalho é dividido em sete etapas. A primeira consiste na higienização dos documentos, que inclui a retirada de grampos, elásticos antigos e barbantes. Após essa etapa, os documentos higienizados passam pela abertura de lote, momento em que as informações são cadastradas para agilizar a digitalização. Na sequência, seis máquinas realizam a digitalização, produzindo aproximadamente 150 imagens por minuto cada.
Depois, o material é submetido ao controle de qualidade, que revisa a paginação, verifica a integridade das imagens e realiza eventuais melhorias. Por fim, são inseridos metadados para que o Tribunal de Justiça tenha acesso às informações.
Em outro galpão, onde o trabalho é mais manual, Aparecido Araújo, de 49 anos, também contratado por empresa terceirizada, organiza prateleiras e caixas conforme as normas do Corpo de Bombeiros e a numeração do acervo. “Organizo para facilitar a localização, colocando tudo em sequência e mantendo as prateleiras arrumadas”, explica.
Com acervo estimado em 8 milhões de processos físicos, o arquivo do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul passa por processo contínuo de classificação, digitalização e eliminação de documentos. O material está armazenado em dois galpões construídos no mesmo terreno: um reúne ações do interior do Estado e o outro, de Campo Grande, localizado no anel viário, na região das Moreninhas.
A diretora de Memória e Gestão Documental do Judiciário, Zeli Paim, destaca a importância histórica dos documentos. Ela cita um termo de audiência escrito à mão, datado de 22 de outubro de 1941, época em que o fórum funcionava no edifício da prefeitura municipal. “É interessante notar que não tínhamos sede própria, e muitos fóruns funcionavam nas câmaras municipais e prefeituras”, comenta, ressaltando a riqueza histórica preservada nos arquivos do Judiciário estadual.
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