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Escolas recorrem a álcool gel e vídeo educativo para evitar novo vírus

Sete suspeitas da Covid-19 são investigadas em Mato Grosso do Sul

Tainá Jara e Clayton Neves | 12/03/2020 13:38
Vitor Santos, aluno do 4° ano, teme pelo aumento rápido no número de casos confirmados do coronavírus (Foto: Henrique Kawaminami)
Vitor Santos, aluno do 4° ano, teme pelo aumento rápido no número de casos confirmados do coronavírus (Foto: Henrique Kawaminami)

Evitar aglomerações é um das recomendações para prevenir a disseminação do novo coronavírus. Deixar de frequentar alguns ambientes coletivos, como a escola por exemplo, é impossível. Pensando nos inconvenientes iminentes, escolas e universidades de Mato Grosso do Sul, onde há sete casos suspeitos da Covid-19, já adotam medidas para evitar a suspensão de aulas, como já ocorrem em outros estados do País.

Por recomendação da Semed (Secretaria Municipal de Saúde), os funcionários de algumas escolas de Campo Grande adotaram medidas para se prevenir da doença. A Escola Municipal João Evangelista Costa além de disponibilizar álcool gel em todas as salas e sabonete líquido nos corredores e banheiros, as turmas assistem a vídeo educativo sobre a doença.

De acordo com a diretora, Mariluce Burgos Cavalheiro, ficou a critério da instituição como conduzir as ações de prevenção. Os cerca de 900 alunos também foram orientados a não compartilhar copos e talheres. “A intenção é melhorar a higiene na escola mais que isso seja repassado também para a família”.

As crianças e adolescente, da educação Infantil ao 9° ano, parecem estar assimilando bem as orientações. Felipe Ferreira da Silva, de 9 anos, cursa a 4º série, e já assistiu a vídeo educativo e fez da aplicação de álcool gel nas mãos, hábito. “O vírus está em quase todo o País. Então, a gente tem que se cuidar”, ressaltou.

Ele também está levando a própria garrafinha para consumir água durante as aulas. Conforme orientado no vídeo repassado às turmas, ele também tenta proteger a boca na hora de tossir.

Para Vitor Santos, do 5° ano, na incerteza, é melhor prevenir. “A gente não sabe se o vírus já chegou em Mato Grosso do Sul ou não. A gente não sabe se tem gente infectada e não conseguimos ver o vírus com o nossos olhos. Então é importante se prevenir”. Ele teme pela doença, já que vê que os casos aumentam a cada dia.

A mãe do menino, a neuropsicopedagoga Cristiane Alcântara, parabeniza a iniciativa da escola. Ela já desistiu de levar o filho a uma palestra que fará no Rio de Janeiro, entre os dias 26 e 31 de março. “Lá os índices estão bem altos, tanto em infecções, quanto em suspeitas, mas o evento ainda não foi cancelado”, afirmou.

Felipe mostra medidas de prevenção que aprendeu com vídeo educativo (Foto: Henrique Kawaminami)
Felipe mostra medidas de prevenção que aprendeu com vídeo educativo (Foto: Henrique Kawaminami)
Escola encaminhou aos pais bilhete com orientações (Foto: Henrique Kawaminami)
Escola encaminhou aos pais bilhete com orientações (Foto: Henrique Kawaminami)

Particulares - As escolas particulares também adotam medidas para proteger os alunos do coronavírus. A empresária, Gabriela Mátar Galvão de Oliveira, 35 anos, recebeu orientações para levar álcool gel na mochila dos filhos de 5 e 7 anos.

A circular de prevenção inclui ainda o uso de garrafinha individual. Caso a criança apresente sintomas de gripe, como febre, tosse e coriza, a orientação é encaminhá-la a alguma unidade de saúde. Na escola, a orientação é colocar o aluno em ambiente isolado, até a chegada dos pais.

Universidades - O IFMS (Insituto Federal de Mato Grosso do Sul) já adotou orientações para serem repassadas nas unidades de oito municípíos. Para alinhar as ações de prevenção ao coronavírus nos dez campi e Reitoria, a reitora Elaine Cassiano convocou uma reunião por videoconferência com gestores e enfermeiros para esta sexta-feira, 13.

As ações seguem as orientações do Ministério da Educação e estão alinhadas às diretrizes do Ministério da Saúde. Não há recomendação para que as aulas sejam suspensas.

Devido ao grande número de pessoas e atividades coletivas em ambientes fechados, na sua maioria, a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) orienta à comunidade acadêmica a colaborar tomando medidas simples que podem prevenir a transmissão do vírus, que ocorre por meio do contato direto com as secreções da pessoa contaminada, seja pela tosse, espirro, ou por contato indireto, pelo contato das mãos com superfícies contaminadas, levando partículas à boca ou ao nariz.

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