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Capital

Estuprador em série confessou que queria fazer novas vítimas, diz polícia

Douglas Igor, de 38 anos, foi preso no dia 2, depois de ser filmado atacando uma adolescente de 15 anos

Marta Ferreira e Guilherme Henri | 06/02/2018 16:40
Douglas Igor prestou depoimento nesta tarde, na DPCA, e segundo a polícia, confessou que pretendia estuprar jovens atacadas. (Fotos Saul Schramm)
Douglas Igor prestou depoimento nesta tarde, na DPCA, e segundo a polícia, confessou que pretendia estuprar jovens atacadas. (Fotos Saul Schramm)

Em depoimento considerado conciso e relativamente articulado, Douglas Igor Silva Fernandes, 38 anos, confessou à Polícia Civil que, no dia 27 de janeiro, um domingo, tentou estuprar duas jovens. Ele foi preso depois que uma delas, uma adolescente de 15 anos, procurou a delegacia, na sexta-feira passada, relatando um ataque sofrido naquela dia, em uma rua do jardim Noroeste. Tudo foi filmado, o que levou à localização de Douglas, pela Polícia Militar, a partir da placa do veículo, um Celta branco pertencente à mãe dele.

Segundo a delegada Marília de Brito, responsável pelo caso, Douglas Igor confirmou ter atacado as duas jovens com a intenção de cometer estupros. Ele foi preso uma série de cinco crimes ocorridos entre julho e agosto de 2007, cumpriu pena em regime fechado até agosto do ano passado, quando foi para o semiaberto, com autorização para sair para trabalhar, durante o dia, e visitar a família um domingo sim e outro não.

Hoje cedo, a mãe de Douglas foi à delegacia e disse, segundo a polícia, que quando saiu de casa ele disse que iria à igreja. No depoimento oficial, porém, Douglas afirmou que saiu com o carro da mãe para ir ao banco e, “quando viu”, já estava a caça de vítimas. 

Sobre como se deram os ataques, a delegada disse que ele não foi claro, embora tenha confessado o intuito de estuprar as duas jovens. Ele citou, segundo a delegada, que quando caiu em si, a adolescente estava no carro tentando fugir. A DPCA investiga o caso da adolescente. O outro, ocorrido no Jardim Montevidéu, está a cargo da DEAM, que ainda não detalhou como estão as investigações.


Douglas está com prisão preventiva decretada, por tentativa de estupro, desde o sábado passado.

A delegada Marília de Brito diz que pediu prisão preventiva para não correr risco de estuprador voltar para presídio semiaberto.
A delegada Marília de Brito diz que pediu prisão preventiva para não correr risco de estuprador voltar para presídio semiaberto.

Risco - A delegada explicou que fez o pedido por temer que ele voltasse às ruas, uma vez que a regressão de regime, do semiaberto para o fechado, nem sempre é automática.

No sábado mesmo ele voltou para o IPCG, onde havia cumprido toda a pena, na ala onde ficam os presos por violência sexual. No ano passado, em agosto, o juiz Caio Márcio Brito concedeu o direito ao regime mais brando, apesar de um pedido da promotora Paula Volpe de que o detento passasse por um segundo exame psiquiátrico.

À época, Douglas já havia passado por um laudo psicológico, que recomendou que fosse feita a análise por um médico psiquiatra. Essa análise foi feita, apontou que Douglas é diagnosticado com TPA (Transtorno de Personalidade Antissocial), ou seja, tem dificuldades de conviver em sociedade, o que é mais conhecido como sociopatia.

A partir desse laudo, a promotora entendeu que era necessária uma segunda opinião, mas o juiz Caio Márcio Brito avaliou que o detento tinha direito ao regime semiaberto e não era necessário mais um laudo psiquiátrico. Menos de seis meses depois, ele voltou a atacar e agora é alvo de dois novos inquéritos por violência sexual.

Confira a galeria de imagens:

  • Foto: Saul Schramm
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