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Capital

Feminicida trabalhava há 20 dias em empresa onde matou mulher com 11 facadas

Homem confessou o assassinato e afirmou ter cometido o ato “por raiva”; vítima deixa 5 filhos

Por Dayene Paz e Bruna Marques | 29/10/2025 08:01
Feminicida trabalhava há 20 dias em empresa onde matou mulher com 11 facadas
Luva da perícia no local onde havia sangue da vítima. (Foto: Marcos Maluf)

Gilson Castelan de Souza, 48 anos, trabalhava há cerca de 20 dias na empresa onde matou Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, com 11 facadas, na noite desta terça-feira (28). O estabelecimento fica no Jardim Columbia, em Campo Grande. Logo após cometer o crime, o assassino mandou mensagens a colegas de trabalho dizendo que havia "feito uma cagada" e que "iria embora". Gilson acabou preso.

RESUMO

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Gilson Castelan de Souza, 48 anos, assassinou Luana Cristina Ferreira Alves, 32 anos, com 11 facadas em uma empresa no Jardim Columbia, em Campo Grande. O crime ocorreu na noite de terça-feira (28), quando a vítima estava sentada no pátio do estabelecimento onde o agressor trabalhava há cerca de 20 dias. Após o ataque, Luana conseguiu correr até uma residência próxima pedindo socorro, mas não resistiu aos ferimentos. Gilson, que já possuía mandado de prisão por outro feminicídio em Várzea Grande (MT), foi preso em flagrante. A vítima deixa cinco filhos menores.

Inicialmente, as informações eram de que Luana trabalhava na empresa. No entanto, o Campo Grande News apurou que Gilson fazia diárias. “Eles estavam se relacionando; ele estava saindo com essa mulher e ela foi à empresa”, disse uma testemunha que pediu para ter o nome preservado por medo.

Ninguém soube dizer há quanto tempo Gilson e Luana se encontravam.

Um morador da região, de 32 anos, contou que viu a vítima "descendo a rua rápido". Gilson foi visto perseguindo a mulher. "Xingando, com a faca na mão", disse. "Entrei em casa e chamei a polícia. Aí ela entrou na casa da esquina e o vizinho a acolheu", completou o morador.

Feminicida trabalhava há 20 dias em empresa onde matou mulher com 11 facadas
Rua onde a vítima correu pedindo ajuda. (Foto: Marcos Maluf)

O Campo Grande News foi ao local e ainda encontrou resquícios de sangue da vítima na casa onde ela pediu ajuda. "Por favor, não me deixe morrer", pedia a vítima para a moradora do imóvel.

Entenda - Gilson Castelan afirmou, em primeiro momento, que a vítima era garota de programa e que uma discussão após a relação sexual motivou o crime. No entanto, essa versão não consta no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar.

Segundo o boletim, Luana foi atacada enquanto estava sentada em uma cadeira no pátio da empresa onde Gilson trabalhava. O crime foi presenciado por colegas de trabalho, que correram ao ver o agressor desferindo os primeiros golpes.

Mesmo gravemente ferida, a vítima conseguiu se levantar e correr por alguns metros até a Rua Vaupés, onde caiu na entrada de uma residência, pedindo socorro. Testemunhas relataram que ela estava com sangramento intenso na nuca e na cabeça e implorava por ajuda.

Feminicida trabalhava há 20 dias em empresa onde matou mulher com 11 facadas
Faca usada no crime e celular do autor foram apreendidos pela Polícia Militar (Foto: Direto das Ruas)

A equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) tentou reanimá-la, mas Luana entrou em parada cardiorrespiratória e morreu antes de ser levada ao hospital.

O suspeito foi preso em flagrante minutos depois pela Polícia Militar. Ele foi encontrado caminhando nas proximidades, portando a faca usada no crime. Durante a abordagem, confessou o assassinato e afirmou ter cometido o ato “por raiva”.

Fichado - Contra Gilson já havia um mandado de prisão preventiva por feminicídio expedido em Várzea Grande (MT), onde foi acusado de matar a ex-esposa, Sibelne Duroure da Guia, de 40 anos, em 2022, também com golpes de faca.

Luana foi identificada informalmente pelo seu irmão. A vítima deixa cinco filhos menores. O caso foi registrado como feminicídio qualificado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

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