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Capital

Filipe viaja para “brincar na neve” e se consultar com especialista dos EUA

Marta Ferreira e Viviane Oliveira | 15/11/2011 14:45

Família vai primeiro para Brasília e depois para os Estados Unidos, com expectativa de dar início ao tratamento contra doença rara

Com voo atrasado, Filipe faz refeição no Aeroporto antes de seguir para Brasília, de onde família vai para os EUA amanhã. (Fotos: Simão Nogueira)
Com voo atrasado, Filipe faz refeição no Aeroporto antes de seguir para Brasília, de onde família vai para os EUA amanhã. (Fotos: Simão Nogueira)

O menino Filipe, de 3 anos, embarcou hoje para Brasília, de onde deve seguir, amanhã, para Boston, nos Estados Unidos, com uma expectativa principal: brincar na neve do inverno norte-americano. Assim, com os olhos da infância, ele enxerga a viagem que, para os pais, representa a esperança de “solução”, como disseram, para a doença que o menino tem, a histiocitiose de células Langer Hans.

A viagem aos Estados Unidos, que ainda depende da concessão do visto pela Embaixada daquele País, será para uma consulta com a equipe médica que pesquisa o uso do remédio Clorafabine, usado para leucemia, para o tratatamento da doença de Filipe. O medicamento tem sido usado em pacientes dessa enfermidade com resultados positivos.

Filipe embarcou com a mãe, o pai, e o irmão. O voo era para ter saído às 7h50, mas atrasou e só deixou o Aeroporto Internacional às 12h50.

Pouco antes da partida, Filipe fez uma refeição, que tinha pão de queijo, melancia e doce de abóbora. Já conhecido por causa das várias matérias sobre a batalha da família para conseguir o tratamento, ele inspirou curiosidade e solidariedade de quem estava no local, com manifestações de boa sorte no tratamento.

Amanhã, está marcada a entrevista para a concessão do visto em regime de urgência na Embaixada. À noite, eles já tem passagem comprada para os Estados Unidos, uma viagem de mais de 14h.

“O Filipe está muito animado, ele encara a viagem como um passeio, embora saiba que é para fazer tratamento”, afirma o pai, o professor de Educação Física Guilherme Wolff. Eles vão ficar na casa de uma brasileira que vive nos Estados Unidos e que, ao saber da história do menino, se ofereceu para abrigá-los.

Para fazer a viagem, a família contou com doações de amigos e as que foram feitas ao site criado para ajudar Filipe a conseguir o tratamento, estimado em mais de R$ 150 mil, só para as 30 doses do Clorafabine que o menino precisa.

Dez doses foram importadas, graças à doação do pecuarista Antônio Moraes. Segundo o pai de Guilherme, já estão em São Paulo. As outras 20 deverão ser fornecidas pelo Ministério da Saúde, conforme decisão judicial, que tem prazo de 60 dias para ser cumprida.

Filipe se despede de familiares no Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Filipe se despede de familiares no Aeroporto Internacional de Campo Grande.
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