Resposta à perseguição ou "boi de piranha"?: bolsonaristas divergem sobre Trump
Rodolfo Nogueira diz que EUA defende ex-presidente e Luiz Ovando avalia que Bolsonaro está sendo usado

Dois aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro tiveram posicionamentos distintos sobre a taxação anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump em uma carta que o cita diretamente e fala em perseguição política. O aumento da sobretaxa para 50% sobre produtos importados do Brasil pode entrar em vigor a partir de 1º de agosto.
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Dois deputados federais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentaram opiniões divergentes sobre a taxação de 50% sobre produtos importados do Brasil, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Rodolfo Nogueira (PL) considera a medida uma consequência da "perseguição política" e alerta que isso pode agravar a crise econômica do país. Por outro lado, Luiz Ovando (PP) classifica o anúncio como "bravata", mas reconhece que terá impactos negativos na economia brasileira, como a redução das exportações e danos à reputação de Bolsonaro. A senadora Tereza Cristina (PP) expressou preocupação em nota oficial da Frente Parlamentar de Agricultura, destacando a importância do equilíbrio nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) disse que a taxação é “colheita de toda essa perseguição”, em declaração feita nas redes sociais. Segundo ele, isso vai custar caro ao Brasil, que “já está quebrado” e que essa sanção “vai trazer o Brasil à lona”. O parlamentar afirma que “as perseguições tem que parar”, pois o “Brasil está em jogo”.
Já o deputado federal Luiz Ovando (PP) acredita que o anúncio de Trump “não passa de bravata”, mas que representa comprometimento significativo da economia do Brasil. “O ex-presidente Bolsonaro está sendo usado como ‘boi de piranha’”, avaliou. Segundo ele, Trump quer taxar o país como resposta à censura e opressão das mídias sociais.
“Não passa de bravata, mas causará problemas, como redução da exportação, enfraquecimento da economia e desdobramentos sociais sérios”, listou Ovando, colocando, ainda, na conta, o “grande prejuízo da reputação e credibilidade de Bolsonaro”. No fim da publicação, pede que os apoiadores se posicionem, mas não para ajudar o “governo esquerdista”, mas para “facilitar os interesses reais do povo brasileiro”.
A reportagem entrou em contato com deputado federal Marcos Pollon (PL), mas não obteve retorno para saber qual o posicionamento dele sobre a taxação americana.
Ontem, a senadora Tereza Cristina (PP) pediu cautela e diálogo nas tratativas entre os países. “As nossas instituições precisam ter calma e equilíbrio nesta hora. A nossa diplomacia deve cuidar dos altos interesses do Estado brasileiro. Brasil e Estados Unidos têm longa parceria e seus povos não devem ser penalizados”, afirmou.
Hoje, publicou nota oficial da FPA (Frente Parlamentar de Agricultura), em que a instituição manifesta preocupação com a decisão, que representa “alerta ao equilíbrio das relações comerciais e políticas entre os dois países”.
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