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Economia

Presidente da Fiems classifica como "inaceitável" taxação de Trump ao Brasil

Sérgio Longen defende solução diplomática para evitar prejuízos à indústria de MS

Por Jhefferson Gamarra | 09/07/2025 20:02
Presidente da Fiems classifica como "inaceitável" taxação de Trump ao Brasil
Sérgio Longen, presidente da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) durante evento em Campo Grande (Foto: Paulo Francis)

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados ao país, a partir de agosto, provocou forte reação do setor produtivo de Mato Grosso do Sul. O presidente da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, classificou a medida como “inaceitável” e alertou para o impacto direto em setores estratégicos da economia estadual.

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Presidente da Fiems critica tarifa imposta por Trump sobre produtos brasileiros. A sobretaxa de 50% anunciada pelo presidente americano afeta setores estratégicos da economia de Mato Grosso do Sul, como carne bovina, ferro fundido e celulose. Os EUA foram o segundo principal destino das exportações do estado no primeiro semestre de 2025, com US$ 315,9 milhões em vendas. Sérgio Longen, presidente da Fiems, classificou a medida como inaceitável e defende negociação. Apesar do impacto, Longen pede que o Brasil evite retaliações e busque diálogo com os EUA. Ele reforça a necessidade de diplomacia para evitar uma guerra tarifária e manter o crescimento da indústria em 2026.

“Temos defendido a competitividade da indústria brasileira. Sobretaxar neste momento é algo difícil, é inaceitável nesses padrões. Entendemos que o presidente americano vem utilizando dessa estratégia com diversos países e chegou a vez do mercado brasileiro”, afirmou Longen.

De acordo com o Observatório da Indústria da Fiems, os Estados Unidos foram o segundo principal destino das exportações de Mato Grosso do Sul no primeiro semestre de 2025, com US$ 315,9 milhões em vendas, um crescimento de 11% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Os principais produtos embarcados foram carne bovina, ferro fundido e celulose, que juntos representam mais de 80% das exportações do estado para o mercado americano. “Mato Grosso do Sul será afetado, claro. Temos aí cerca de 320 milhões de dólares já exportados neste ano. Esses três segmentos serão diretamente impactados pela tarifa”, alertou Longen.

Apesar da gravidade da medida, o presidente da Fiems defende que o Brasil evite retaliações comerciais e busque uma saída negociada com os Estados Unidos. “Não adianta de nada iniciarmos uma guerra tarifária. Precisamos propor, sentar à mesa e buscar uma solução democrática.”

Longen também revelou ter conversado com o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, sobre o tema. Ambos concordam que a sobretaxa ameaça a indústria nacional, mas que o enfrentamento deve ocorrer por meio de diplomacia e diálogo direto entre os dois países.

“Entendemos que a indústria nacional será afetada com essa sobretaxa, mas precisamos estimular o diálogo, que é a única forma de chegarmos a um consenso. Essa é uma questão que envolve os dois países e os dois precisam sentar à mesa para discutir os impactos dessa medida com seriedade. Mas defendemos que esse não seja um critério utilizado para interromper o crescimento da indústria em 2026”, concluiu o presidente da Fiems.

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