Greve traz perda de R$ 10 milhões e ameaça melhor Natal em 12 anos, afirma CDL
A paralisação persiste nesta 3ª feira, apesar de multa de R$ 100 mil por dia
A greve no transporte coletivo de Campo Grande, que afeta mais de 100 mil passageiros por dia, também traz reflexos para a economia. Se a “mão de obra” não chega, as empresas amargam prejuízo. A paralisação começou na segunda-feira (dia 15) e persiste nesta terça-feira, apesar do TRT/MS (Tribunal Regional do Trabalho) ter imposto multa diária de R$ 100 mil.
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A greve no transporte coletivo de Campo Grande, iniciada na segunda-feira (15), já acumula prejuízos de R$ 10 milhões para a economia local, segundo a CDL. A paralisação, que afeta mais de 100 mil passageiros diários, ameaça as projeções de um Natal recorde, considerado o melhor em 12 anos, com movimento estimado em R$ 194 milhões. Empresários estão oferecendo transportes alternativos, como aplicativos, para minimizar os impactos. A greve foi deflagrada por motoristas que reivindicam pagamentos atrasados, mesmo após o consórcio ter quitado 50% dos salários. A Prefeitura afirma ter repassado todos os valores em dia, incluindo parte do subsídio de dezembro.
“Só ontem, a projeção foi de perda de R$ 10 milhões na economia de Campo Grande. É importante frisar que não perde só o dono da empresa, mas perde também o vendedor, que depende do comissionamento para ter um salário mais robusto, um ganho melhor. E nós estávamos com uma projeção muito positiva para esse Natal, que seria o melhor dos últimos 12 anos”, afirma o presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Adelaido Vila.
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Para tentar reduzir os prejuízos, empresários estão custeando modalidades alternativas de transporte, como veículo por aplicativo. “É o trabalhador que não chega, que não consegue vir ao trabalho, é um empresário obrigado a ter que buscar outras alternativas de transporte, principalmente quando a presença desse trabalhador não é dispensável”.
Em projeção divulgada no começo de dezembro, a CDL apontou que 77,5% das compras serão feitas presencialmente, movimentando R$ 194 milhões na economia local.
Greve - A decisão de cruzar os braços foi tomada na última quinta-feira (dia 11) em assembleia que reuniu mais de 200 motoristas. A categoria cobra o pagamento integral dos salários que deveriam ter sido depositados no dia 5 de dezembro, além de outros direitos em atraso.
Na tentativa de conter a paralisação, o Consórcio Guaicurus informou, no fim da tarde de sexta-feira (12), que efetuou o pagamento de 50% dos salários atrasados. O repasse parcial, no entanto, não foi suficiente para suspender a greve.
A Prefeitura de Campo Grande informa que todos os repasses foram feitos em dia e até antecipados, inclusive, R$ 3 milhões do subsídio de dezembro, para permitir o pagamento dos salários.
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