Pequenos trajetos e madrugar viram estratégia de motoristas de app para lucrar
Corridas duplicam de valor e profissionais aproveitam para faturar em um dia o que levariam dois para ganhar
O transtorno de uns pode ser a vantagem do dia de outros. Com o combo chuva e greve do transporte coletivo de Campo Grande, são os motoristas de aplicativo que aumentam o faturamento com a demanda maior, com corridas que duplicaram de valor.
RESUMO
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A greve do transporte coletivo em Campo Grande, somada à chuva, tem beneficiado motoristas de aplicativo que registram aumento significativo nas tarifas. Algumas corridas chegaram a dobrar de valor, como no trajeto entre os bairros Centro-Oeste e Vivendas do Bosque, que passou de R$ 30 para R$ 77. A paralisação, iniciada em 15 de dezembro, foi motivada pelo atraso no pagamento dos salários dos funcionários do transporte coletivo, que deveriam ter sido depositados no dia 5. Motoristas de aplicativo relatam maior movimento, embora o ganho seja relativo devido às políticas de preços das plataformas.
O motorista Marcelo Rezende Lima, 52 anos, mora no Monte Castelo; saiu de casa às 5h para começar a trabalhar.
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Apesar do maior movimento, diz que o ganho é relativo, já que o preço pago ao motorista nem sempre é o melhor. “Mas a gente fica feliz que tá ajudando quem precisa, tem que ter esse bom senso”.
Luciene Ferreira, 43 anos, acordou às 6h e diz que tinha feito 6 viagens. A motorista ficou sabendo da paralisação do transporte coletivo ontem, mas mais tarde. “Se soubesse, tinha começado antes”. Mas também teve que parar para cuidar das netas. Se tivesse continuado, calcula que teria garantido o rendimento de dois dias.

Hoje, por volta das 7h, por exemplo, Luciene fez trajeto entre os bairros Centro-Oeste e Vivendas do Bosque. Em dia regular, o passageiro pagaria R$ 30, mas hoje a corrida saiu por R$ 77. Com a corrida, ela garantiu R$ 50.
A paralisação começou ontem (15), anunciada na última sexta-feira. O sindicato cobra o pagamento integral dos salários que deveriam ter sido depositados no dia 5 de dezembro, além de outros direitos em atraso.
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