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Capital

Apesar de doação e decisão judicial, Filipe continua sem medicamento

Marta Ferreira | 08/11/2011 13:10
Filipe ainda não começou a receber medicação, que depende, agora, de viagem aos Estados Unidos para consulta. (Foto: Álbum de família)
Filipe ainda não começou a receber medicação, que depende, agora, de viagem aos Estados Unidos para consulta. (Foto: Álbum de família)

Mesmo com a doação de R$ 50 mil para comprar as primeiras doses do medicamento de que necessita para o tratamento de uma síndrome rara e apesar da decisão da Justiça que mandou o SUS (Sistema Único de Saúde) fornecer o remédio, o menino Filipe, de 3 anos, ainda não começou a receber o clorafabine e não há previsão de quando isso vai ocorrer.

A cada dia, uma nova dificuldade se impõe para a criança, que sofre de histiocitiose de células Langer Hans. A doença afeta vários órgãos, de forma semelhante ao câncer.

Por decisão médica, Filipe só poderá receber as doses do medicamento, já importado, após uma consulta nos Estados, que ainda não tem data para ocorrer, porque a família está enfrentando dificuldades para conseguir o visto. “O médico já enviou um documento informado da urgência, mas a embaixada dos Estados Unidos em Brasília ainda não agilizou o processo de concessão do visto”, afirma a mãe, Evellyn.

Quando ao remédio importado, segundo ela, está para chegar, mas só poder ser aplicado após a consulta nos EUA. “E o Filipe não pode estar muito”.

Quanto à decisão do juiz Odilon de Oliveira que determinou a adoção de providencias para o fornecimento da medicação, o prazo venceu ontem à noite, conforme a mãe, mas ainda não houve sinalização de um cumprimento.

Na semana passada, a AGU (Advocacia Geral da União) informou que a decisão seria cumprida, pelo Ministério da Saúde. A determinação foi por meio de liminar, que ainda pode ser derrubada pela Justiça.

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