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Capital

Força-tarefa trabalha para recuperar estragos das chuvas nas Moreninhas

Paulo Nonato de Souza e Adriano Fernandes | 20/04/2017 16:15
O prefeito Marquinhos Trad (de camisa azul) e o secretário de Infraestrutura, Rude Fiorese, vistoriam os estragos da chuva na rua Minas Novas, nas Moreninhas (Foto: Adriano Fernandes)
O prefeito Marquinhos Trad (de camisa azul) e o secretário de Infraestrutura, Rude Fiorese, vistoriam os estragos da chuva na rua Minas Novas, nas Moreninhas (Foto: Adriano Fernandes)

Máquinas, caminhões e cerca de 200 trabalhadores. Este é o tamanho da força-tarefa anunciada nesta quinta-feira, 20, pela Prefeitura de Campo Grande para o trabalho de recuperação dos estragos das fortes chuvas desta semana na região das Moreninhas.

Em menos de uma hora, no fim da tarde de ontem, choveu o equivalente ao que estava previsto para todo o mês de abril. Somente na região das Moreninhas, foram 159 milímetros de chuva.

Os serviços de limpeza e desobstrução de bocas de lobo foram iniciados nesta quinta-feira. Em nota, a prefeitura garante que a força-tarefa vai atuar no final de semana e até mesmo no feriado do Dia de Tiradentes, nesta sexta-feira, 21, mas com uma ressalva: Se não voltar a chover.

O temporal de ontem derrubou árvores, a enxurrada arrastou blocos inteiros de asfalto, tampas, grelhas de bocas de lobo e afundou o pista de asfalto. Nas margens da Avenida Gury Marques, no Bairro Cidade Morena, por exemplo, a chuva fez surgir uma cratera e arrastou a tubulação de drenagem.

O prefeito Marquinhos Trad esteve na região ontem mesmo, à noite, e voltou ao local na tarde desta quinta-feira, acompanhado do secretário de Infraestrutura, Rude Fiorese, e uma equipe de engenheiros da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), para vistoriar os pontos críticos e acompanhar o trabalho de recuperação dos estragos.

“Já disse e repito, isso aqui é consequência da ação do homem, que derruba nossas florestas e provoca o aquecimento global, gerando chuvas em pleno mês de abril, e também da falta de manutenção da nossa cidade nos últimos quatro anos”, disse Marquinhos Trad.

O prefeito vistoriou os estragos na rua Ipamerim, onde o asfalto cedeu em frente da agência do Banco do Brasil, e coordenou o descarregamento de dois caminhões de pedra brita no local. Em seguida, Marquinhos foi até a rua Minas Novas. Lá a enxurrada deixou uma vala junto ao meio fio. “Isso aqui é serviço mal feito da concessionária de água ou de gás. A água entrou por baixo do asfalto e levou todo o recapeamento”, comentou Marquinhos.

No trecho final da Rua Fraiburgo, um dos acessos ao bairro das Moreninhas, o asfalto foi arrancado. Já está previsto que a capa do asfalto será integralmente removido e refeito assim que houver pelo menos três dias de estiagem. “Enquanto o solo estiver úmido não há como aplicar massa asfáltico e garantir durabilidade do pavimento”, disse o secretário de Infraestrutura, Rude Fiorese.

Segundo a prefeitura, a força-tarefa para recuperar os estragos das chuvas nas Moreninhas terá máquinas, caminhões e cerca de 200 homens (Foto: Adriano Fernandes)
Segundo a prefeitura, a força-tarefa para recuperar os estragos das chuvas nas Moreninhas terá máquinas, caminhões e cerca de 200 homens (Foto: Adriano Fernandes)

Segundo os moradores, a chuva foi de causar medo. “Parecia um rio e com o asfalto soltando, se formou uma fila enorme de carros. Em 10 anos que estou aqui, nunca vi uma chuva tão forte“, disse o comerciante Wilson Bonfim, dono de uma revendedora de pneus na rua Fraiburgo.

Na região das Moreninhas, só que na altura da Vila Cidade Morena, a enxurrada destruiu parte da tubulação de drenagem da Avenida Gury Marques e abriu uma cratera que terá de ser fechada o mais rápido possível para não avançar e colocar em risco a pista.

Mas, segundo a prefeitura, a solução no local vai depender da retomada das obras de drenagem e controle de enchentes na Vila Cidade Morena, iniciadas em 2012 e interrompidas desde 2014. A tubulação, junto com as bocas de lobo, já foram implantadas numa parte do bairro, mas não pode ser conectada porque falta fazer a drenagem no trecho antes de desaguar no Córrego Gameleira, que atravessa a Gury Marques. O projeto foi orçado em R$ 3,2 milhões, mas as planilhas terão de ser atualizadas, porque são valores calculados em 2014.

Marquinhos Trad disse ao Campo Grande News que ainda hoje irá visitar os bairros Paulo Coelho Machado, Jardim Marajoara e UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Universitário, que também foram atingidos pelas fortes chuvas de ontem à tarde.

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