Frente fria chega e promete derrubar temperatura no aniversário da Capital
Ao contrário dos últimos anos, o desfile em comemoração ao aniversário de Campo Grande deve acontecer com frio de 8°C
Se no ano passado o desfile em comemoração ao aniversário de Campo Grande aconteceu debaixo do tradicional calor de agosto, regado com muita água e disputa por um lugarzinho na sombra, esse ano a meteorologia promete um cenário bem diferente. No domingo, dia 26, os termômetros prometem cravar 8ºC.
Isso acontece com a chegada de uma nova frente fria a Mato Grosso do Sul nesta sexta-feira (24), que vai provocar temporais com muita chuva e ventos fortes. A mudança no tempo começa no sábado (25), na região sul e logo se espalha para todo o Estado.
No domingo, a previsão é de que a região sul registre temperatura mínima de 4°C. Já na Capital, a meteorologia promete 8ºC, desafiando o público a encarar um desfile cívico em comemoração aos 119 anos de Campo Grande, que esse ano acontece no Rua 13 de maio, “fora do comum”.
O fim de semana “diferente” é apenas um reflexo do que vem sendo todo o mês. Até o início da semana, Campo Grande acumulava 107 milímetros de chuva, quando o esperado era de 31,4mm para os 31 dias. O dado coloca agosto de 2018 como o mais úmido dos nove últimos anos. Perdendo apenas para 2009, quando choveu 134,4 milímetros na Capital.
Segundo a coordenadora do CEMTEC/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), Franciane Rodrigues, a explicação para isso é o aquecimento das águas dos Oceanos Pacífico e Atlântico Equatorial que provoca evaporação com formação de nuvens e correntes de ar capazes de levar ao rompimento do bloqueio atmosférico na região Central do Brasil.
“Esses dois sistemas favorecem que as frentes frias avançam trazendo chuvas até o interior do Continente”, explicou Rodrigues. Essa já é a quinta frente fria que chega a Mato Grosso do Sul só neste mês.
Ainda conforme o CEMTEC, as evidências apontam que a instabilidade climática é consequência do o fenômeno El Niño, que é caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical e altera o clima regional e global. Ele ocorre irregularmente em intervalos de 2 a 7 anos, com uma média de 3 a 4 anos de duração de seus efeitos.