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Capital

Fundação que gerenciou City Tour cobra R$ 1 milhão da prefeitura

Nyelder Rodrigues | 24/08/2016 20:58

O Campo Grande Convention Bureau, que atua através da Fundação 26 de Agosto na captação de eventos para a Capital e promoveu até ano passado o City Tour, vai processar a prefeitura pedindo indenização de R$ 1 milhões por perdas acumuladas e R$ 180 mil que não foram repassados nos últimos três anos e meio.

A decisão foi tomada nesta quarta-feira (24) pela diretoria da entidade após a prefeitura não enviar nenhum representante à audiência de conciliação no TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), marcada para esta manhã.

"Como percebemos que não há uma política pública da Prefeitura voltada para o Turismo, vamos buscar outros mecanismos para continuar nossas atividades, mas queremos ser reparados pelos prejuízos com os quais arcamos", explica o presidente do Convention, Marcelo da Silva de Oliviera Boza.

O Convention Bureau reclama que as perdas acumuladas nestes três anos e meio ocorreram por que ações para captação de eventos, que trariam recursos para Campo Grande, ficaram prejudicadas por causa da inércia da prefeitura e falta de repasses de recursos para que o trabalho fosse realizado.

Além de Marcelo Boza, também foram à audiência representantes da Fecomércio-MS, ACICG e CDL. O acordo seria intermediado pelo TJ, com participação da Promotoria de Justiça das Fundação e Entidades de Interesse Social. O Convention diz que fez repetidas conversas para tentar resolver a situação, sem êxito.

Fundação 26 de Agosto - A fundação mantém a 12 anos convênios com o poder público de Campo Grande, operando o City Tour até o ano passado - o projeto foi devolvido à prefeitura em janeiro deste ano após descontinuidade de repasses. Em algumas oportunidades nestes três anos e meio, o ônibus ficou sem funcionar.

"É o mais antigo [ônibus] usado em city tour do qual tenho notícias", reclama Baza, explicando que o veículo foi comprado em 2004 e ficou parado por quatro meses em 2013 para que fosse realizada manutenção, com recursos do Convention.

A contabilidade apura um passivo de R$ 90 mil na Fundação, o que deve fazer que ela seja extinta e prejudique 54 atividades econômicas na qual atua. Marcelo ressalta que como a promoção de eventos ficou inoperante em Campo Grande, a taxa de ocupação média de hotéis, que era de 60% das vagas há dois anos, caiu para 40%.

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