Golpe dos nudes de facção gaúcha causa prejuízo milionário a vítimas na Capital
Esquema mirava principalmente homens de alto poder aquisitivo, mas atingiu vítimas de várias classes sociais
Homens considerados "bem-sucedidos" de Campo Grande foram alvo de uma organização criminosa do Rio Grande do Sul que aplicava o chamado golpe dos nudes. Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o esquema já causou prejuízo de mais de R$ 5 milhões e tinha ligação com a facção BNC (Bala na Cara), uma das mais violentas do Estado gaúcho. Apesar de mirarem principalmente vítimas com alto poder aquisitivo, os criminosos também atingiram homens de diferentes classes sociais. Apesar do alerta, a polícia não divulgou quantas pessoas cairam no golpe aqui no Estado.
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Uma organização criminosa do Rio Grande do Sul, ligada à facção "Bala na Cara", causou prejuízo superior a R$ 5 milhões com o golpe dos nudes em Campo Grande. O esquema tinha como alvo principal homens de alto poder aquisitivo, mas atingiu vítimas de diferentes classes sociais. Os criminosos criavam perfis falsos em redes sociais, iniciavam conversas românticas e trocavam fotos íntimas. Em seguida, simulavam ser familiares de adolescentes e exigiam dinheiro como reparação. A polícia identificou 15 suspeitos, sendo Eric Basso da Silva, conhecido como "Chapolin", o principal investigado, que segue foragido.
Os criminosos criavam perfis falsos em redes sociais usando fotos de jovens com idade entre 16 e 25 anos. As conversas começavam com flertes e evoluíam para trocas de fotos íntimas. Em seguida, outro integrante do grupo se passava por parente de uma suposta adolescente e exigia dinheiro como “reparação”. Mais tarde, surgia um falso delegado afirmando que a vítima poderia responder por pedofilia. Temendo a prisão e a exposição, as vítimas faziam transferências seguidas para contas indicadas pelos extorsionistas.
Com o tempo, os perfis falsos ficaram mais elaborados: tinham amigos em comum, postagens variadas e até adicionavam conhecidos das próprias vítimas, tornando a farsa ainda mais convincente.
Investigações - Os inquéritos mostraram que parte das contas usadas no golpe era de pessoas ligadas a presos no Rio Grande do Sul. Em um dos casos, para aumentar a pressão, os criminosos chegaram a contratar um detetive particular para monitorar a rotina de uma vítima e de seus familiares, enviando fotos como forma de ameaça.
Levantamentos bancários e relatórios das polícias de Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul permitiram identificar 15 pessoas envolvidas, a maioria gaúcha.
O principal suspeito é Eric Basso da Silva, conhecido como “Chapolin”. Ele teve prisão preventiva decretada pela Justiça de Mato Grosso do Sul, mas segue foragido. Eric já respondeu por tráfico de drogas e porte ilegal de arma e cumpriu pena em presídios gaúchos, onde teve contato com outros investigados.
Além dele, outras 14 pessoas foram indiciadas por extorsão e organização criminosa. Todos têm vínculos com a facção “Bala na Cara”, seja por morarem em áreas dominadas pelo grupo, seja por terem passado pelo sistema prisional em galerias destinadas a integrantes da organização.
Os inquéritos foram relatados pela DERF (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) e encaminhados à Justiça, na qual o Ministério Público vai avaliar o oferecimento da denúncia contra os investigados.
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