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Capital

Governo nega paridade, mas oferece R$ 10 milhões em imóveis à Cassems

Zana Zaidan | 29/11/2013 16:37
Após mais de 2 horas de reunião, Puccinelli ofereceu R$ 10 milhões para Cassems; servidores   reduziram reajuste para 10,5% (Foto: Divulgação)
Após mais de 2 horas de reunião, Puccinelli ofereceu R$ 10 milhões para Cassems; servidores reduziram reajuste para 10,5% (Foto: Divulgação)

Após o pedido na paridade da contribuição entre Governo e servidores estaduais para a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul), o governador André Puccinelli (PMDB) apresentou contraproposta à classe trabalhadora. A negociação aconteceu na tarde de ontem (28), em reunião na Governadoria.

Puccinelli antecipou que não há dinheiro em caixa para atender à reivindicação da classe, mas propôs a doação de dois imóveis que pertencem ao Estado, avaliados em R$ 10 milhões. Com a venda, o dinheiro poderia ser revertido em investimentos no fundo que mantém o plano de saúde dos trabalhadores.

No entanto, o governador ponderou que a Procuradoria Geral do Estado ainda vai emitir parecer quanto à legalidade da doação, explica Geraldo Alves, membro do Fórum dos Servidores e presidente do ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação). A resposta da PGE será repassada em nova reunião, marcada para a próxima quinta-feira (5).

“Não é exatamente isso que o Fórum precisa. Queremos o aumento da participação do Governo na contribuição mensal para a Cassems. Dinheiro é sempre bem-vindo, mas seria bom para um primeiro momento, mas o desconto no salário do servidor será para sempre”, opina Alves.

Aumento de 1,5% – Diante da proposta dos R$ 10 milhões, o Forúm apresentou novo pedido a Puccinelli. Para aliviar tanto para os servidores, como para o lado patronal, foi cogitada redução no reajuste do plano de saúde para 2014.

No início, a empresa cogitou que a contribuição chegaria a 12%. Os servidores reduziriam para
10,5%. A intenção do Fórum é que o reajuste não pese do bolso do trabalhador e seja integralmente coberto pelo Estado.

Com isso, a paridade seria de 5,25% para trabalhadores, 5,25% do governo. Atualmente, a empresa recebe 8,75%: 5,25% de um lado, 3,5% do outro.

“Mas o governador já avisou que não vai dar a paridade. Vamos ouvir a resposta do governador na quinta-feira e definir os próximos passos. Temos que convocar uma assembléia geral dos servidores e votar para decidir o que queremos: se é um plano de saúde com mais qualidade, o que será possível com o reajuste, ou encontrar alternativas para manter o bom serviço que já oferecido pela Cassems”, acrescenta o presidente da Fetems, Roberto Botarelli, também membro do Fórum.

A reunião de quinta-feira será decisiva – Puccinelli bate o martelo sobre a proposta de paridade 5,25% - 5,25% e dá a resposta sobre o aval da PGE para doação dos dois imóveis.

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