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Capital

Gravação mostra que empresário foi “envolvido” por bandidos, diz pai

Graziela Rezende | 09/04/2014 13:11
Pai fala sobre gravação que encontrou em seu celular. Foto: Cleber Gellio
Pai fala sobre gravação que encontrou em seu celular. Foto: Cleber Gellio

Convicto de que o filho foi “envolvido” pelos bandidos, supostamente interessados no veículo Golf do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, 32 anos, o comerciante Lino Bernal, 57 anos, disse que ele foi vítima de emboscada e que uma conversa telefônica de pouco mais de três minutos, já em poder da Polícia, comprova o crime.

“Eu retornei uma ligação dele na terça-feira (1°), às 15h32 e ele foi muito seco, dizendo que depois retornaria. Porém, nunca mais falei com ele. E logo depois vi uma gravação no meu celular, que já está em poder da perícia criminal e apontou como eles o envolveram”, conta o pai.

Neste momento, o comerciante acredita que o filho já estava prevendo algo errado e por isso teria deixado o telefone ligado. A conversa, já na casa onde ele foi executado, no bairro São Jorge da Lagoa, em Campo Grande, mostra que a adolescente de 17 anos fazia perguntas para “ganhar tempo”, conforme o pai.

“Meu filho respondia a ela sobre os quatro anos de uso do carro, com 52 mil km e que ele seria o primeiro comprador. Porém, dá para perceber que ele foi inocente, principalmente quando ela quis saber sobre o seguro e detalhes do carro. Logo depois, a adolescente começou a falar sobre a transferência do carro e tudo isso só para depois apertar o gatilho”, diz, ainda abatido, o pai da vítima.

Na ocasião, o pai conta que o filho não pretendia ir até aquele local, só saiu de casa por conta da “insistência dos autores”. “Ele comentou com a secretária que só estava indo porque eles estavam insistindo muito. Ele ainda brincou com a funcionária, comentando que poderia ser um assalto, mas que ele ia mesmo assim”, finaliza o pai.

Crime – Erlon saiu de casa às 14h da terça-feira (1°) para mostrar o carro a um suposto cliente, na avenida Interlagos, em frente a rotatória da Coca-cola. O bandido se mostrou interessado, porém comentou que precisava mostrar para uma tia, em uma residência, para “fechar o negócio”.

Na casa, no Bairro São Jorge da Lagoa, ele foi morto no quintal com um tiro na nuca e enterrado em um fossa séptica.

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