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Capital

Hospital para animais silvestres realizou 2 mil atendimentos

Aves, maioria dos "pacientes" no local, representam 70% dos atendimentos

Por Cassia Modena | 27/03/2024 07:17
Atendimento a papagaio, que lidera lista das espécies que mais chegaram ao hospital até agora (Foto: Danielly Escher/Governo de MS)
Atendimento a papagaio, que lidera lista das espécies que mais chegaram ao hospital até agora (Foto: Danielly Escher/Governo de MS)

O Hospital Veterinário do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), exclusivo para animais selvagens, já atendeu aproximadamente 2 mil "pacientes" desde a inauguração, no ano passado. O balanço foi divulgado hoje (27) pelo Governo de Mato Grosso do Sul, que construiu a unidade.

Cerca de 70% dessa quantidade são aves: papagaios, maritacas, araras, periquitos, rolinhas, jandaias, tucanos, bem-te-vis, pardais, pombas, corujas, curiangos, urutaus, curicacas, gaviões, urubus e pombas estão na lista das mais atendidas.

Exemplos de outros animais silvestres que também passaram por lá são gambás, jabutis, jiboias, tamanduás e capivaras.

A maioria dos bichos que chega ao local foi vítima de tráfico, de acidentes e de criações em cativeiro, também conforme os registros do último ano.

Veterinária que coordena o local e o Cras, Aline Duarte dá exemplo dos casos. "Muitos chegam com múltiplas fraturas, incluindo vítimas de atropelamento e até arara com lesão de cerol que perdeu a asa. Grande parte dos animais que a gente recebe está nessas condições", diz.

Lobinho - Um dos primeiros pacientes do hospital foi um lobinho filhote e órfão, atropelado na estrada. Ele foi transportado de Três Lagoas para o Cras por policiais militares ambientais, um dia após a inauguração da unidade.

Lobinho que foi um dos primeiros pacientes (Foto: Divulgação/Governo de MS)
Lobinho que foi um dos primeiros pacientes (Foto: Divulgação/Governo de MS)

Hoje, já sem condições de ser reintegrado à natureza, ele mora no Centro de Reabilitação. Recentemente, machucou uma das pernas, provavelmente por lesões autoprovocadas pelo estresse, segundo veterinários.

Cras - Com mais de 30 anos de atividade em Campo Grande, o Cras recebe em média 2.500 animais silvestres por ano.

Em 2023, o número saltou para 3.228. Se recuperaram e foram soltos 60% desse número. A maioria da demanda é resultado de capturas da PMA (Polícia Militar Ambiental), entrega voluntária e apreensões.

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