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Capital

Hospital Universitário admite déficit de anestesistas e tenta contratar mais

Como reflexo, cirurgias precisam ser adiadas na instituição

Cassia Modena | 05/09/2023 11:29
Fachada do Humap, em Campo Grande (Foto: Divulgação/Arquivo)
Fachada do Humap, em Campo Grande (Foto: Divulgação/Arquivo)

Vanessa Lara foi internada no Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), em Campo Grande, para fazer uma cirurgia para retirada da vesícula em 4 de agosto. Por não haver médico anestesista disponível para prepará-la para o procedimento, ela ficou na instituição até o dia 18 do mesmo mês esperando.

Foram 14 longos dias até passar pela cirurgia, remarcada três vezes. À reportagem, ela explicou que o caso era urgente. "Tive várias crises de dores lá. Meus exames deram todos alterados. Tinha que operar rápido porque a vesícula poderia estourar a qualquer momento", contou. Ainda segundo a paciente, outras pessoas enfrentaram a mesma espera que ela.

Questionado, o Humap admitiu via assessoria de imprensa que sofre com a falta de anestesistas e que, atualmente, não possui número suficiente para suprir a demanda.

O hospital tem 17 profissionais da área concursados, no momento, que cumprem 24 horas semanais cada. No entanto, seriam necessários mais 21 médicos anestesistas com a mesma carga horária para completar o quadro, ou então uma equipe terceirizada que faça 42 plantões na semana.

Tentativas - De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, houve tentativas para resolver o problema. "Foram abertos diversos concursos e processos seletivos emergências para a vaga, mas sem sucesso", comunicou em nota.

O problema não é só no Humap, sustenta. "A falta de anestesista é um problema nacional e não exclusivamente do hospital", pontuou.

Um pregão está aberto para contratação de empresa terceirizada, já que os concursos não atenderam a necessidade. Ele está na fase de lances e a empresa que oferecer o melhor deverá entregar proposta e documentação ainda nesta terça-feira (5) para análise de equipe do hospital.

Se o processo correr bem, a empresa ganhadora terá 10 dias para começar a fornecer mão de obra. A expectativa é que a situação se normalize a partir disso.

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