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Capital

Impasse continua e contrato da Prefeitura com a Santa Casa segue indefinido

À imprensa, prefeita Adriane Lopes afirmou que equipes da Saúde se reunirão com a administração do hospital

Por Gustavo Bonotto e Fernanda Palheta | 26/03/2025 21:08
Impasse continua e contrato da Prefeitura com a Santa Casa segue indefinido
A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), durante a abertura do Delas Day. (Foto: Juliano Almeida)

A Prefeitura de Campo Grande não tem prazo para renovar o contrato com a Santa Casa, de acordo com a prefeita Adriane Lopes (PP). Durante a abertura do Delas Day, na noite desta quarta-feira (26), a Progressista afirmou que as equipes técnicas da gestão municipal seguem discutindo o tema, mas sem consenso.

A gestora do Executivo Municipal explicou ao Campo Grande News que o prazo segue indefinido. "A gente tem avanços para anunciar em alguns dias, mas a contratualização com a Santa Casa continua lá atrás. A entidade diz que houve redução e diminuição de recursos, mas não é a realidade. Nós tínhamos um recurso de emenda parlamentar, foi contratado o serviço e depois findou o recurso".

Ainda sobre a tratativa, a prefeita afirmou que equipes da Saúde se reunirão com a administração da Santa Casa para avaliar o que pode ser oferecido ao município no momento, “[...] tendo em vista que estamos com sobrecarga na saúde de Campo Grande”.

Vale lembrar que, todos os anos, o ajuste é feito entre julho e agosto, mas desde 2021, o acordo ocorre apenas através de aditivos, sem reajustes expressivos. Mais cedo, a Santa Casa alegou que a prefeitura optou por manter “sobra de caixa” em vez de investir integralmente na Saúde. O hospital obteve na Justiça uma liminar para o repasse de R$ 46 milhões, argumentando que a Secretaria Municipal de Saúde executou apenas 84,97% do orçamento previsto para hospitais e clínicas em 2024.

A unidade sustenta que o saldo orçamentário foi de R$ 118,8 milhões e que a crise financeira, agravada pela retenção de recursos do Ministério da Saúde, levou ao acúmulo de débitos com fornecedores e ao atraso nos pagamentos de médicos, totalizando R$ 59,2 milhões em pendências.

Em nota, a Sesau reafirma que os repasses estão sendo feitos corretamente e que mantém diálogo com a Santa Casa e outras instituições para garantir a continuidade do atendimento hospitalar. A secretaria também informou que acionou um Plano de Contingência para reorganizar fluxos e ampliar pontos de atendimento diante do aumento da demanda por doenças respiratórias e casos de baixa complexidade.

Conforme a pasta, pacientes com politrauma e neurocirurgia continuarão sendo atendidos na Santa Casa, enquanto casos compartilhados serão direcionados a outras unidades conforme a capacidade de atendimento.

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