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Capital

Impasse entre médicos e prefeitura termina na segunda, assegura Marquinhos

Em mais uma reunião, nesta quinta-feira (29), Sinmed manteve intransigência

Lucas Junot | 29/06/2017 19:14
Prefeito Marquinhos Trad (de verde), durante reunião com médicos, enfermeiros e odontólogos (Foto: Lucas Junot)
Prefeito Marquinhos Trad (de verde), durante reunião com médicos, enfermeiros e odontólogos (Foto: Lucas Junot)

Mais uma reunião entre Prefeitura, médicos, odontólogos e enfermeiros, realizada nesta quinta-feira (29), terminou sem consenso sobre reajuste salarial das categorias. O Sinmed (Sindicato dos Médicos) mantém a posição de intransigência e descartou todas as propostas do Executivo até o momento, mas, de acordo com o prefeito Marquinhos Trad (PSD), o impasse acaba na segunda-feira (3).

Depois de mais três horas de reunião, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que irá apresentar na próxima segunda-feira (3), um estudo de impacto da secretaria municipal de finanças, prevendo incorporações de gratificações nos salários base das três categorias regidas pela letra A15 e dos enfermeiros e técnicos.

“Não vamos privilegiar nenhuma categoria. Vamos tratar todos os 23 mil servidores municipais com isonomia no tratamento e respeito. Reajuste ou é pra todos, ou pra ninguém. Segunda-feira resolvemos de uma vez por todas essa questão”, disse o prefeito.

Há mais de dois meses a Prefeitura tenta um consenso com os médicos, que alegam estar há três anos sem reajuste salarial. A categoria pediu inicialmente 27% de reajuste, referente às perdas da inflação, mais a correção inflacionária deste ano. Contudo, o Executivo observa limite prudencial previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal e o índice de comprometimento da folha com despesas de pessoal, o que pode acarretar improbidade administrativa ao gestor.

O último recurso, a ser debatido na próxima segunda-feira (3) é a incorporação de gratificações às categorias ao salário base. Médicos, por exemplo, recebem adicionais de plantões eventuais, de responsabilidade técnica e um incentivo para atendimento no Programa de Saúde da Família, que somados geram despesa de R$ 1.798.561,00 aos cofres da Prefeitura, além do salário base da categoria.

A medida daria aos profissionais a segurança jurídica de terem assegurados os vencimentos como salário, mas, ainda que não gere aumento de despesa este ano, passaria a impactar os cofres públicos em negociações de reajuste no futuro.

Greve – Mesmo com as negociações ainda em andamento, os médicos realizam movimento paredista desde segunda-feira (26), ainda que a Justiça tenha declarado a greve ilegal. A espera por atendimento nos postos de saúde chega a cinco horas.

Outro lado - O Campo Grande News tentou ouvir o presidente do Sinmed, Flávio Freitas Barbosa, mas ele sequer quis comentar o assunto após a reunião. O médico se recusou a atender a imprensa.

Representantes dos odontólogos e enfermeiros disseram que vão aguardar posicionamento do Executivo na segunda-feira.

Para os enfermeiros, o salário base (40h) saltaria de R$ 2.060 para R$ 4.030 e de R$ 1.200 para R$ 1.585, incorporados os adicionais de produtividade.

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