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Capital

Impasse sobre obra de casas populares do Mandela reúne moradores e prefeitura

Gestão municipal garantiu que a obra das 220 moradias seguirá o cronograma inicial

Natália Olliver | 30/03/2023 19:18
Moradores se reuniram na tarde desta quinta-feira para esclarecer impasse (Foto: Arquivo pessoal)
Moradores se reuniram na tarde desta quinta-feira para esclarecer impasse (Foto: Arquivo pessoal)

Moradores da Comunidade Mandela se reuniram, no final da tarde desta quinta-feira (30), com a Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), para esclarecer o suposto “embargo” na obra de construção das 220 moradias do conjunto habitacional, que serão entregues às famílias da comunidade, na região do Segredo, ao lado do Bairro Nova Lima.

Conforme publicou o Campo Grande News, devido ao problema, os residentes fecharam a Rua Elmira Ferreira de Lima como forma de protesto na noite da última sexta-feira (24).

Greiciele Naiara Argila, líder da comunidade, contou que estiveram presentes na conversa desta quinta-feira cerca de 80 moradores. Ela explicou também que a prefeitura garantiu que as casas serão entregues dentro do período estipulado inicialmente, dezembro de 2024.

Líder da comunidade explicou que moradores estão mais tranquilos após reunião (Foto: Juliano Almeida)
Líder da comunidade explicou que moradores estão mais tranquilos após reunião (Foto: Juliano Almeida)

“Eles foram orientados a fazer um licenciamento porque tem um parque ali próximo. Então pra gente não sofrer algo futuramente vão fazer isso. Assim, os moradores ficaram mais tranquilos, porque a nossa preocupação era ter cancelado as obras, ter embargado”, disse.

A paralisação da obra se deve ao pedido do promotor Luiz Antônio Freitas de Almeida, que exigiu à Amhasf que a construção tivesse licença ambiental, por se tratar de uma região vizinha ao Parque Estadual Nascentes do Segredo, área protegida por conta das nascentes do córrego. Por isso, a prefeitura cancelou o contrato que havia feito no começo do ano com a OSC (Organização da Sociedade Civil) Conssol para a obra, com orçamento de R$ 17 milhões.

O novo conjunto habitacional deve receber, além dos moradores da comunidade Mandela, outras famílias cadastradas pela Prefeitura de Campo Grande. A área é da prefeitura, ao lado da Rua Major Giovani Francisco Nadali. Ali, serão três perfis de moradias. Há uma planta geminada, com 174 unidades de 41m² cada, outra planta maior, de 46,07m², terá dez casas.

A Amhasf optou ainda por uma planta bem pequena, porque constatou que há pessoas que moram sozinhas ou dois moradores, e vai construir 36 imóveis com 28 m², apontando que haverá área para o proprietário expandir no futuro. Será um imóvel com quarto, banheiro e uma sala e cozinha juntas. A explicação é que fazendo as casas menores é possível aumentar o número de unidades.

Mudança - Enquanto a obra não acontece, a agência municipal vai organizar a parte contratual das famílias que serão removidas. Em fevereiro, a Amhasf havia informado que todos os moradores do Mandela foram cadastrados, recolhidas cópias dos documentos, para não haver risco de serem excluídas ou mesmo surgirem novas famílias querendo ser incluídas na remoção.

A prefeitura também ofereceu auxílio moradia de R$ 500 para as famílias que moram às margens do córrego, em área de risco. Mas os residentes relutam em deixar o local com medo de perder barracos na ocupação irregular. Graciele ressaltou que aqueles que não aceitarem a recomendação de mudança das áreas impróprias terão que assinar termo de responsabilidade isentando a prefeitura de qualquer problema posterior.

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