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Capital

Investidores denunciam calote de R$ 5 milhões e caso vira inquérito no MPMS

Grupo diz que não conseguiu resgatar valores e cita gerente e empresas de corretagem

Por Silvia Frias | 07/04/2025 12:48
Investidores denunciam calote de R$ 5 milhões e caso vira inquérito no MPMS
Inquérito do MPMS foi publicado na edição de hoje do Diário da Justiça (Foto/Reprodução)

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) converteu investigação em inquérito civil para apurar denúncias de calote de cerca de R$ 5 milhões em investidores de Campo Grande. O denunciado é o gerente da Ademicon, empresa que se intitula a maior administradora independente de consórcio do Brasil em créditos ativos.

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu inquérito civil para investigar denúncias de um calote de R$ 5 milhões em investidores de Campo Grande. O caso envolve o gerente da Ademicon, Maruélio Obenaus, que alega também ser vítima da Global Holding, empresa responsável pela administração dos investimentos. Os investidores, representados pelo advogado Gervásio Alves de Oliveira Junior, afirmam que a partir de novembro de 2023, a Invest X, ligada à Global Holding, começou a atrasar e não cumprir pedidos de saques e resgates. A Ademicon nega envolvimento, mas o MPMS deu 15 dias para que Global Holding e Invest X se manifestem. O caso segue em investigação.

Por sua vez, o gerente e corretor da Ademicon, Maruélio Obenaus, alega que também foi vítima da Global Holding, decorrente da contratação de administração da carteira de investimentos da empresa.

A denúncia inicial foi encaminhada à 25ª Promotoria de Justiça em julho de 2024. O advogado Gervásio Alves de Oliveira Junior, representando oito investidores, encaminhou relatório no dia 12 daquele mês, pedindo investigação contra Ademicon, Global Holding Ltda, Invest X e Maurélio Obenaus.

Conta que os investidores firmaram contrato, a partir de agosto de 2022, com o gerente para administração da carteira de investimentos com a Global Holding, por meio da Ademicon, para aplicações em corretores como a Invest X.

Esses investimentos ficariam no nome do cliente, mas seriam acessados pela internet, através do site da empresa. As operações com esses investimentos seriam feitas por corretoras ou instituições financeiras com as quais a empresa Global Holding tem parceria. De acordo com o advogado, os investidores teriam opção de solicitar saques trimestrais apenas sobre os rendimentos. Passados 12 meses de contrato, poderiam fazer o resgate total do valor investido, acrescido dos rendimentos com a gestão da carteira.

Porém, conforme o relatório do advogado, a partir de novembro de 2023, a Invest X, empresa do Grupo Global passou a atrasar os pedidos de saques de rendimentos e resgates, “até que chegou ao ponto, de não cumprirem mais nenhum pedido de resgate ou saque de rendimentos. Ou seja, todas as pessoas ficaram sem qualquer previsão de possibilidade de resgate”, alegou.

Sobre Maurélio Obenaus, relata que é gerente da empresa de consórcios Ademicon. As promessas seriam de investimentos vantajosos, como o dobro do rendimento do CDB, feito pela Invest X, com atuação assegurada pelo Banco Central. Porém, segundo relatório, descobriu-se que a referida empresa não detinha autorização para atuar.

Obenaus teria procurado os investidores e proposto ação contra o Grupo Global, já que também teria sido vítima por ter investido na carteira. Conforme dados do inquérito, o corretor entrou com processo contra a empresa.

O advogado que representa os investidores questiona se a Ademicon estava ciente do que ocorria e, por isso, teria responsabilidade, já que deveria fiscalizar o que ocorre em suas dependências.

A promotoria recebeu respostas de Obenaus e da Ademicon. Em audiência com o MPMS, a empresa alega que não tem qualquer participação na suposta irregularidade.

Porém, mesmo com as explicações, o MPMS converteu a investigação em inquérito civil. Determinou prazo de 15 dias para que a Global Holding e Invest X apresentação de resposta, já que não ainda não se manifestaram nos autos. Depois disso, o promotor Antônio André David de Medeiros fará as deliberações.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Obenaus que disse que não tem autorização para se manifestar sobre o caso no momento. Também encaminhou pedido de retorno para a assessoria da Ademicon e aguarda resposta para atualização do texto. Não foi encontrado contato com a Global Holding.

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