Menino de Campo Grande se prepara para jogar no Internacional aos 8 anos
O menino se destacou na Taça Brasil Sub-8 de futsal masculino, que foi sediada em Campo Grande
Com apenas 8 anos, Caike Junior Rezende Pinheiro já carrega o peso de um talento raro e o sonho grande de ser jogador profissional. Morador da Vila Nasser, em Campo Grande, o menino se prepara para deixar a cidade natal em julho, quando parte com os pais rumo a Porto Alegre (RS), após ser aprovado em um teste no Internacional.
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Caike Junior Rezende Pinheiro, um menino de 8 anos de Campo Grande, está prestes a realizar o sonho de jogar futebol profissionalmente. Após ser aprovado em um teste no Internacional de Porto Alegre, ele se prepara para se mudar com a família em julho. Caike, que começou a jogar aos 5 anos, já se destacou como artilheiro na Taça Brasil Sub-8. O talento parece ser hereditário, com o pai e o tio também envolvidos no futebol. A mudança representa um desafio financeiro para a família, mas todos estão animados com a oportunidade. A avó materna, Ana Célia, expressa orgulho e disposição para apoiar o neto em sua jornada.
"Ele começou aqui com 5 anos. O professor Adriano Arce nem pegava criança dessa idade, mas viu que o guri era diferente", conta o pai, Fagner Pinheiro da Silva, de 35 anos, que é retificador e joga futebol amador. “Ele tá treinando aqui há 3 anos e agora foi um dos artilheiros da Taça Brasil Sub-8. Ficou entre os quatro melhores”. A competição aconteceu no último mês em Campo Grande.
Caike jogou o torneio pelo time de São Gabriel do Oeste. Em março, foi levado pelos pais até o Rio Grande do Sul, onde passou no teste para o clube gaúcho. A mudança definitiva acontece em julho, e a família toda vai junto. Apesar da alegria, o caminho é desafiador. “Vai ter que ser na raça mesmo. Vou continuar trabalhando e pagando aluguel até as coisas melhorarem”.
O talento de Caike parece mesmo ser de berço. “Desde pequeno ele já queria jogar bola, é de família. Meu tio jogava, eu jogo até hoje. Está no sangue mesmo”, afirma o pai. Mesmo com a vida prestes a mudar completamente, Caike, segundo ele, está tranquilo. “É o que ele quer, está animado.”
Do outro lado da família, a avó materna também se emociona com os passos do neto. Ana Célia Rezende, de 52 anos, é autônoma e acompanha de perto a evolução do pequeno jogador. “Desde os 2 anos ele já ganhava bola de presente. Com 4, 5 anos, era batendo bola o dia inteiro dentro de casa. Quebrou garrafa, taça, copo... mas é uma alegria ver que o talento veio desde bebê”, conta rindo.
Para ela, distância não será problema. “A gente faz qualquer sacrifício pra ver um neto feliz. Eu sairia do Rio de Janeiro e iria até o Rio Grande do Sul se fosse preciso”, afirma Ana.
Em um jogo na cidade de Foz do Iguaçu, Caike teve um momento especial ao receber um autógrafo na chuteira do técnico da Seleção Brasileira de futsal, Marquinhos Xavier, campeão do mundo em 2024. “Pra ele, foi como um troféu. Voltou pra casa mais motivado do que nunca”, diz Fagner.
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