Dólar fecha a R$ 5,91 após ameaças de Trump sobre tarifas à China
Paralelamente, o índice Ibovespa caiu 1,31%, encerrando aos 125.588 pontos
O dólar comercial fechou em alta de 1,29% nesta segunda-feira (7), cotado a R$ 5,91, após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicanos), sobre novas tarifas contra produtos chineses. A valorização ocorreu durante mais um dia de instabilidade no mercado financeiro, marcado por desinformação e tensão comercial, e levou a moeda norte-americana ao maior valor desde 28 de fevereiro. A cotação chegou a R$ 5,93 na máxima do dia.
A elevação do dólar foi impulsionada pela confirmação de que a Casa Branca não suspenderia, como chegou a circular em uma notícia falsa, o aumento de tarifas comerciais por 90 dias. A desinformação provocou uma breve queda da moeda durante a manhã, mas a valorização foi retomada após o desmentido oficial.
Paralelamente, o índice Ibovespa caiu 1,31%, encerrando aos 125.588 pontos. Essa foi a terceira queda consecutiva do principal índice da bolsa brasileira, que registrou o menor nível desde 12 de março. Assim como o dólar, o mercado de ações também reagiu à tensão comercial entre Estados Unidos e China e aos reflexos das oscilações internacionais.
No exterior, o anúncio de Trump de que pretende impor uma tarifa adicional de 50% sobre produtos chineses, caso a China não reverta a sobretaxa de 34%, elevou os temores de uma guerra comercial. Segundo o ex-presidente, a medida será efetivada em 9 de abril, caso não haja recuo por parte do governo chinês.
A ameaça acentuou as perdas nos mercados globais. Entre quinta e sexta-feira, empresas listadas nas bolsas dos Estados Unidos perderam cerca de US$ 6 trilhões em valor de mercado, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta. Apenas o grupo das sete grandes empresas de tecnologia — Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla — perdeu US$ 1,8 trilhão em dois dias.
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