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Capital

Jardineiro desaparecido em 2016 é 4ª vitima de pedreiro que enterrava os corpos

Marta Ferreira | 15/05/2020 13:50

Desaparecido desde 26 de novembro de 2016, aos 74 anos, o idoso Hélio Taíra, que trabalhava fazendo bicos como capinagem, foi mais uma vítima do pedreiro Cléber de Souza Carvalho, 43 anos. Preso nesta sexta-feira (15), o homem é suspeito de assassinar ao menos 5 pessoas em Campo Grande. Todas, segundo as investigações, tiveram os corpos enterrados.

Corpo de comerciante sumido em 26 de novembro de 2016 foi enterrado por pedreiro, segundo a polícia. (Foto: Arquivo da família)
Corpo de comerciante sumido em 26 de novembro de 2016 foi enterrado por pedreiro, segundo a polícia. (Foto: Arquivo da família)

O Campo Grande News apurou que a investigação até agora indica que a morte de Hélio foi durante discussão com o assassino em série. O idoso, segundo levantado, foi contratado por Cleber para capinar um lote, houve um desentendimento entre ele e o trabalhador idoso acabou sendo morto e enterrado no terreno onde estava havendo uma obra, sob responsabilidade do pedreiro.

Cleber, preso nesta madrugada pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar, confessou que matava as pessoas e enterrava os corpos. Ele já tinha mandado de prisão pelo assassinato do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos, crime descoberto na semana passada.

Pela manhã, os corpos de Roberto Geraldo Clariano, 50 anos, e José de Jesus de Souza, 45 anos, também vítimas de Cleber, foram encontrados nos bairros Santo Amaro e Sírio Libanês, respectivamente.  Foi preciso 6 horas de escavação para localizar os restos mortais.

No começo desta tarde, o terceiro foi identificado, na Vila Planalto, como sendo o de Hélio Taíra.  Estava a meio metro de profundidade. A família que mora na casa, na Rua Grécia, não sabia da existência do cadáver enterrado em uma área concretada, na calçada lateral da residência.

Hélio Taíra sumiu em novembro de 2016 e a camionete que era dele foi encontrada na Mata do Jacinto. A  polícia foi procurada à época, fez buscas, mas nada foi encontrado.

Crimes em série – Só depois do crime mais recente atribuído a Cleber, o assassinato e ocultação de cadáver de José Leonel, é que os crimes macabros foram desvendados. Cleber, a esposa, Roselaine Tavares Gonçalves, 40 anos, e filha do casal, Yasmim Natasha Gonçalves, de 19 anos, estavam vivendo na casa do comerciante assassinado, na Vila Nasser. Yasmim está presa e a mãe monitorada por tornozeleira.

Com a prisão de Cleber, nesta madrugada, houve a confissão e a indicação dos locais onde os corpos estavam enterrados. Equipes dos bombeiros, do Batalhão de Choque, da perícia da Polícia Civil e da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) trabalham para retirada dos cadáveres.

Equipes do Batalhão de Choque e da perícia da Polícia Civil no endereço em que corpo de idoso estava debaixo de concreto. (Foto: Kísie Ainoã)
Equipes do Batalhão de Choque e da perícia da Polícia Civil no endereço em que corpo de idoso estava debaixo de concreto. (Foto: Kísie Ainoã)


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