Justiça desclassifica homicídio, mas condena vigilante por morte em bar
Valdelírio Telles esfaqueou Eraldo Lopes da Silva, em outubro de 2023 após briga no Coophavilla II
O vigilante Valdelírio Guilherme Telles, acusado de matar Eraldo Lopes da Silva a facadas em outubro de 2023, em Campo Grande, foi condenado a 4 anos de reclusão em regime aberto. A decisão é do juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, que desclassificou o crime de homicídio doloso para lesão corporal grave seguida de morte, atendendo a pedido do Ministério Público Estadual. Representantes da família da vítima já anunciaram que pretendem recorrer.
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Em Campo Grande, o vigilante Valdelírio Guilherme Telles foi condenado a quatro anos de reclusão em regime aberto pela morte de Eraldo Lopes da Silva. O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, desclassificou o crime de homicídio doloso para lesão corporal grave seguida de morte, acatando pedido do Ministério Público Estadual. A família da vítima anunciou que recorrerá da decisão. O crime ocorreu em outubro de 2023, após uma discussão entre a vítima e sua companheira, Elisângela Dias dos Santos, em um bar. Valdelírio, que acompanhava Elisângela, esfaqueou Eraldo na rua. Embora o MP tenha inicialmente classificado o crime como homicídio doloso, posteriormente solicitou a desclassificação. O juiz entendeu que Valdelírio tinha a intenção de ferir, não de matar, resultando na condenação por lesão corporal seguida de morte. Elisângela, que negou envolvimento no crime, depôs como testemunha.
De acordo com a denúncia do MP (Ministério Público Estadual), Valdelírio estava na Rua dos Recifes, no bairro Coophavilla II, quando atacou Eraldo. No dia do crime, a vítima havia discutido com a companheira, Elisângela Dias dos Santos, de 41 anos, e foi até um bar.
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Após a briga, Elisângela deixou o local na companhia de Valdelírio. Ao descobrirem que Eraldo estava em outro bar, foram até lá e uma nova discussão começou. Em certo momento, Valdelírio pegou uma faca e a vítima tentou fugir. No entanto, foi alcançada e esfaqueada.
Ainda segundo o MP (Ministério Público), o crime ocorreu por motivo fútil, em razão da discussão iniciada no bar. Porém, ao final da instrução, o MP pediu a desclassificação da denúncia de homicídio doloso.
Na sentença, o juiz entendeu que a tipificação adequada era lesão corporal dolosa seguida de morte. Para o magistrado, o réu agiu com a intenção de ferir, mas acabou provocando a morte da vítima. Valdelírio foi condenado a 4 anos de reclusão em regime aberto.
Versão da companheira - Na época, Elisângela Dias dos Santos deu entrevista ao Campo Grande News afirmando estar sendo injustamente acusada de envolvimento no crime.
“Não tenho paz”, disse a diarista, de 39 anos, após fotos suas ao lado de Valdelírio circularem nas redes sociais com acusações de que ela seria ex-esposa e responsável pela morte de Eraldo. Ela esclareceu que prestou depoimento apenas como testemunha.
O caso - Eraldo foi morto com golpes de faca no tórax. Segundo o boletim de ocorrência, testemunhas contaram que ele discutiu e agrediu Elisângela por ciúmes em um bar. Pessoas tentaram separar a briga, mas a confusão se espalhou. O homem saiu correndo e, na fuga, foi alcançado e esfaqueado por Valdelírio.
Após o crime, a polícia recebeu denúncia de que o suspeito morava na Rua Granada, no Jardim Centenário. No endereço, encontraram um Fiat Uno com a chave no contato e uma faca no banco, que foi apreendida e periciada.
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