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Capital

Justiça faz na segunda-feira primeira audiência sobre assassinato em show

Adílson Silva foi morto a tiros na madrugada do dia 24 de setembro após se envolver em uma briga com o agente penitenciário federal

Geisy Garnes | 01/02/2018 17:11
Adilson foi morto com tiro no peito em camarote de show. (Foto: Reprodução/Facebook)
Adilson foi morto com tiro no peito em camarote de show. (Foto: Reprodução/Facebook)

A primeira audiência sobre a morte do pedreiro Adílson Silva Ferreira dos Santos, de 23 anos, ferido a tiros pelo agente penitenciário federal Joseilton de Souza Cardoso durante um show sertanejo no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, será realizada na segunda-feira, dia 5 de fevereiro.

A partir das 14h20 de segunda-feira, o juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, vai ouvir os depoimentos das testemunhas de acusação do caso. Pelo menos dez pessoas foram intimadas a comparecer ao fórum de Campo Grande e uma delas deve ser ouvida por carta precatória, pois está em Juína, Mato Grosso.

Conforme o processo, Joseilton de Souza também foi intimado para comparecer a audiência de instrução e julgamento.

Em novembro do ano passado, Garcete ainda acatou o pedido para que a mãe de Adílson, Marlene de Souza Silva Nascimento, trabalhe como assistente de acusação do caso, junto com os advogados Fábio Ricardo Trad Filho e Herika Cristina dos Santos Ratto.

O caso - Adílson foi morto na madrugada do dia 24 de setembro durante um show da dupla Henrique e Juliano, que acontecia no estacionamento do shopping. De acordo com o delegado Paulo Henrique Sá, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, o inquérito sobre o caso comprovou a versão apresentada por Cardoso durante depoimento.

O agente penitenciário alegou que estava na fila do banheiro quando a vítima, juntamente com os primos, furou a fila. A atitude gerou uma briga e Cardoso afirmou à polícia que foi agredido por quatro pessoas, ele então sacou a arma, anunciou que era agente federal e pediu para os autores se afastarem, mas foi novamente agredido por Adílson.

Para o delegado que atendeu o caso, o agente justificou o disparo como "ato de memória muscular", uma reação automática devido aos treinamentos realizados na academia para reprimir agressões. Cardoso foi preso em flagrante, mas foi solto 16 dias depois e agora responde o processo em liberdade.

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