Cliente que comprou sushi e recebeu PM em casa será indenizado pelo iFood
Decisão reconheceu falha no serviço e determinou reparação moral ao consumidor prejudicado
O caso inusitado registrado em março de 2023, quando um cliente acordou com a Polícia Militar no portão de casa após cancelar um pedido de sushi em Campo Grande, terminou na Justiça. Nesta quinta-feira (18), a 14ª Vara Cível condenou a plataforma iFood a indenizar o consumidor em R$ 10 mil por danos morais. Da decisão ainda cabe recurso.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Cliente de aplicativo de delivery foi indenizado em R$ 10 mil por danos morais após ter a polícia chamada à sua residência por causa do cancelamento de um pedido. O caso ocorreu em Campo Grande, em março de 2023, e a decisão, da 14ª Vara Cível, cabe recurso. O problema começou com um pedido de sushi que chegou com itens trocados. O aplicativo estornou o valor e ofereceu um cupom de desconto. No entanto, o restaurante, sem saber dos procedimentos tomados pela plataforma, ligou para o cliente em tom agressivo e, posteriormente, foi até a casa do consumidor acompanhado de policiais. O juiz considerou que a falha foi do aplicativo, que não informou o restaurante sobre o cancelamento e o estorno, gerando o constrangimento.
Na época, o advogado de 25 anos relatou que o pedido feito pelo aplicativo chegou com itens trocados. Após reclamação, a plataforma estornou o valor de R$ 95 e concedeu um cupom de desconto, com a concordância do restaurante.
- Leia Também
- Só em MS, mais de R$ 850 milhões foram movimentados com iFood no último ano
- Cliente acorda com polícia no portão após cancelar pedido em restaurante
Pouco depois, o cliente recebeu ligação do estabelecimento, em tom agressivo, e mais tarde foi surpreendido por policiais e pelo dono do restaurante em sua casa. Sob orientação dos militares e diante do constrangimento, acabou pagando R$ 80 diretamente ao comerciante.
Na sentença, o juiz Marcus Vinícius de Oliveira Elias destacou que a falha foi da plataforma, que não comunicou ao restaurante os motivos do cancelamento, o que gerou o desentendimento.

“A omissão da requerida provocou abalo considerável ao requerente, além do mero aborrecimento, pois houve acionamento da polícia. O autor já estava em tratamento psicológico e acabou mudando de endereço por medo de nova abordagem”, apontou o magistrado.
O pedido de ressarcimento do valor pago ao restaurante foi negado, já que houve desistência da ação contra o estabelecimento. A indenização, segundo a decisão, deve ser corrigida e acrescida de juros.
A reportagem questionou a plataforma sobre o caso, mas ainda não há um retorno oficial. O espaço está aberto para esclarecimentos.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.