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Capital

Mãe vai à polícia por agressões em bebê e pai diz que mordeu 'de brincadeira'

Criança de um mês e 12 dias deu entrada na Santa Casa com hematomas e mordidas pelo corpo

Leandro Abreu | 06/07/2016 18:49

A mãe do bebê de um mês e 12 dias que deu entrada na Santa Casa, na madrugada desta quarta-feira (6), com marcas de mordidas e hematomas foi até a delegacia à tarde registrar boletim de ocorrência por conta das agressões contra a filha. A criança tem lesões do lado do tórax e outras marcas pelo corpo que teriam sido causadas pelo pai.

Ainda segundo o hospital, a menina não corre risco de vida e passa bem. Ela está na ala verde da pediatria, acompanhada da mãe, que é ouvida por uma assistente social e uma psicóloga do hospital. Nesta tarde, a mãe foi escoltada pela polícia até a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para registrar a ocorrência.

Conforme apurado pela reportagem, a mãe teria procurado ajuda depois que o pai da menina, irritado com o choro, a agrediu com um tapa e mordidas. Ela esperou o homem sair de casa e levou a criança para atendimento. A menina foi encaminhada pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida à Santa Casa para exames mais detalhados, diante da suspeita de agressão.

"Mordidas de brincadeira" – O pai da bebê, um empresário de 27 anos, procurou o Campo Grade News no início da noite para explicar que nunca agrediu a filha, mas confessou ter mordido a criança “de brincadeira”. “Dei mordidas sim na minha filha, mas como brincadeira. Ela é uma recém-nascida e tem a pele sensível. Acaba ficando marcada, mas nunca iria agredir minha filha com tapas”, explicou.

O empresário afirma ainda que a esposa sofre de bipolaridade, mas sem ter o laudo em mãos para provar. “Fui trabalhar ontem a noite e quando voltei, por volta das 23h, ela não estava em casa. Simplesmente sumiu. Fiquei desesperado, procurei todos para saber onde ela estava. Até agora não sei porque ela fez isso. Até agora estou sem entender”, disse.

Dizendo ter se informado que a filha estava no hospital através da imprensa, o pai ainda não sabe o que vai fazer. “Minha irmã e advogada e ela deve me instruir sobre o que fazer. Minha esposa não me atende, não sei o que houve”, concluiu.

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