Manhã pós-alagamento em rotatória é de limpeza e serviço termina no fim do dia
Equipes de limpeza da Prefeitura estão desde o início da manhã na Avenida Rachid Neder onde rotatória alagou na tarde de ontem
Depois da cena clássica que todo temporal provoca na rotatória das avenidas Rachid Neder e Ernesto Geisel, de alagamento, a manhã está sendo de limpeza da lama deixada para trás pela água. As equipes estão na via desde 7h da manhã e a previsão é de finalizar o serviço somente no fim da tarde.
Ontem, das 13h às 15h, o Instituto de Meteorologia registrou 51,8mm de água na Capital. A quantidade de água somada à região que sempre alaga por problemas de drenagem resulta no número de trabalhadores, uma equipe de 20 funcionários da Prefeitura varrendo e "raspando" a lama do chão.
Para a realização do serviço, uma das faixas da rotatória foi interditada, mas pelo menos no momento em que o Campo Grande News esteve no local, o trânsito estava fluindo normalmente.
As equipes vão trabalhar do trecho da Rua Ovídeo Serra até a Avenida Euler de Azevedo. Um dos encarregados pela limpeza, Henrique Santos, resume o trabalho como sendo o de remover a terra e os galhos em "montinhos" que depois serão recolhidos pela Prefeitura.
Morador da região desde que nasceu, o motorista Júlio Barbosa, de 60 anos, não estava em casa no momento do temporal, mas viu pelos vídeos como a rotatória ficou. Residente de uma chácara na Ernesto Geisel, ele conta que a água não chegou a invadir seu terreno, mas que ficou no nível da calçada.
"Já tiveram anos que choveu e a enxurrada acabou levando até a cerca dessa floricultura", aponta para a vizinha. "Mas nunca chegou em casa, aqui, toda vez é assim", pontua.
Em frente a um residencial, a limpeza era feita pela equipe de serviços gerais do condomínio que tirava o barro e a lama que atingiram o jardim.
Problema antigo - Rotineiramente, quando as pancadas de chuva são mais fortes na porção norte da Capital sul-mato-grossense, o local fica alagado, inclusive com ocorrências de transbordamento neste trecho, onde há um estreitamento da canalização e uma espécie de bolsão que acumula a água de bairros vizinhos.
Desde 2018 a prefeitura fala em intervenção na Rachid Neder, mas o projeto de R$ 120 milhões depende de recursos federais.