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Capital

Mansão de traficante será base de operações contra crimes na fronteira

Ricardo Campos Jr. | 20/08/2016 14:45
Casa que pertenceu a criminoso agora será usada para desenvolver ações de combate ao crime na região de fronteira (Foto: Marcos Ermínio)
Casa que pertenceu a criminoso agora será usada para desenvolver ações de combate ao crime na região de fronteira (Foto: Marcos Ermínio)

A mansão luxuosa onde vivia o traficante Odir Fernando dos Santos Corrêa, preso durante a operação Nevada, será transformada em um núcleo de inteligência focado no combate ao crime organizado nas regiões de fronteira em Mato Grosso do Sul.

O juiz federal Odilon de Oliveira disse ao Campo Grande News que o pedido de cedência do imóvel, feito pela PF (Polícia Federal), será assinado no início da semana, possivelmente na segunda-feira (22).

Conforme o magistrado, a solicitação já foi aprovada pelo MPF (Ministério Público Federal). Além do espaço, os móveis que outrora pertenceram a Odir também poderão ser utilizados para compor a central onde serão arquitetadas operações para desmantelar quadrilhas ligadas ao tráfico.

O secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, explica que núcleos semelhantes devem ser instalados no Paraná, Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro, todos bancados pela União.

A equipe, segundo ele, será composta por dez policiais militares, dez policiais civis, dez policiais federais e seis policiais rodoviários federais, totalizando 36 pessoas trabalhando para ao menos reduzir a entrada de entorpecentes e armas no país por Mato Grosso do Sul.

Ele não soube dizer qual o repasse mensal para manter o núcleo, que ainda não tem data para começar a operar.

Fronteira fechada – Além de integrar a ação do Governo Federal, Mato Grosso do Sul também faz parte do Pacto Interestadual de Segurança Pública, cujo trabalho é voltado para as divisas entre as unidades federativas que compõem o acordo.

Recentemente, um trabalho conjunto com a polícia de Mato Grosso resultou na prisão de parte de uma quadrilha que havia roubado um banco em Sonora. O grupo agia também no estado de Goiás.

O acordo, que faz parte do Consórcio Brasil Central, também prevê troca de tecnologias e estratégias de ação entre os estados.

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