Paraguai transfere 42 presos após descobrir “celas de luxo” em presídio
Benefícios ilegais a internos foram descobertos durante vistoria na Penitenciária de Emboscada
Pelo menos 42 presos já foram transferidos após vistoria do Poder Judiciário descobrir “celas de luxo” na Penitenciária de Emboscada, no Paraguai. O centro de detenção localizado na região metropolitana da capital Asunción abriga chefes do narcotráfico e integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
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Escândalo no Paraguai: celas de luxo abrigavam líderes do PCC Uma vistoria judicial revelou a existência de "celas de luxo" na Penitenciária de Emboscada, Paraguai, que abrigava chefes do narcotráfico e membros do PCC. Os presos pagavam até R$ 2.250,00 mensais por regalias como frigobar, TV, ar-condicionado e até banheira de hidromassagem. O Ministério da Justiça interveio, transferindo 42 detentos e afastando diretores. Essa não é a primeira vez que o país enfrenta esse problema. Em 2017, o traficante Jarvis Chimenes Pavão teve um "apartamento" exclusivo descoberto em outro presídio. A intervenção busca coibir privilégios dentro do sistema prisional paraguaio.
A transferência foi determinada pelo Ministério da Justiça do Paraguai, que nesta segunda-feira (25) decretou intervenção na unidade, cujo nome oficial é “Centro Penitenciário de Reintegração Social Martín Mendoza”.
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Conforme o ministro Rodrigo Nicora, a transferência imediata desses 42 internos para outros presídios tem como objetivo acabar com os privilégios dentro da penitenciária. “Não vamos tolerar privilégios indevidos em nenhum estabelecimento prisional do país”, garantiu ele.
De acordo com a imprensa paraguaia, presos endinheirados pagavam até três milhões de guaranis por mês (em torno de R$ 2.250,00) para poder manter cama, sofá, mesa, frigobar, televisão, ar-condicionado, cozinha mobiliada, celular, geladeira e até freezer para estocar carne.
A vistoria, feita sexta-feira (22) pela comitiva chefiada pela juíza Sandra Kirchhofer, constatou que as “celas de luxo” foram montadas em dois andares construídos precariamente na parte superior do pavilhão. Até banheira de hidromassagem era usada pelos presos.
As acomodações ilegais eram administradas por um detento de confiança da direção da penitenciária. Com a intervenção, o diretor da unidade, Humberto René Gómez, foi afastado. O tio dele e diretor de segurança do presídio, Alipio Gómez, também foi removido do cargo.
A existência de celas de luxo em presídios do Paraguai não é novidade. Em 2017, o governo paraguaio descobriu que o traficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão havia construído um verdadeiro apartamento exclusivo dentro do Presídio de Tacumbú.
Após o escândalo, ele foi transferido para o quartel de um grupo de elite da Polícia Nacional e depois extraditado para o Brasil, onde cumpre pena atualmente no Presídio Federal de Brasília (DF).
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