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Economia

Dólar sobe para R$ 5,38 após trégua comercial entre EUA e China

Bolsa brasileira alcança máxima histórica mesmo com avanço da moeda norte-americana

Por Gustavo Bonotto | 30/10/2025 19:18
Dólar sobe para R$ 5,38 após trégua comercial entre EUA e China
Cédulas do dólar. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar subiu 0,42% e fechou cotado a R$ 5,38 nesta quinta-feira (30), após o banco central norte-americano indicar incerteza sobre novos cortes de juros nos Estados Unidos. No mesmo dia, o Ibovespa alcançou 148.780 pontos, novo recorde histórico, impulsionado por ganhos em ações de mineração e energia. O movimento refletiu o impacto do acordo comercial firmado entre Donald Trump e Xi Jinping e a cautela do mercado internacional com a política monetária americana.

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O dólar encerrou em alta de 0,42%, cotado a R$ 5,38, após sinalização do Federal Reserve sobre incertezas em novos cortes de juros nos Estados Unidos. No mesmo dia, o Ibovespa atingiu novo recorde histórico de 148.780 pontos, impulsionado por ações de mineração e energia. O movimento foi influenciado pelo acordo comercial entre Donald Trump e Xi Jinping e pela cautela do mercado internacional com a política monetária americana. O encontro dos líderes em Busan resultou em uma trégua comercial, prevendo redução de tarifas sobre produtos chineses e retomada da compra de soja americana.

A moeda americana se fortaleceu depois de o Fed (Federal Reserve) reduzir os juros em 0,25 ponto percentual e sinalizar que a próxima decisão dependerá do comportamento da inflação e do emprego. O aumento dos rendimentos nos títulos do Tesouro dos EUA atraiu investidores e provocou saída de recursos de economias emergentes, o que pressionou o câmbio no Brasil. A alta interrompeu três dias seguidos de queda do dólar e ampliou a volatilidade nos mercados.

O encontro entre Trump e Xi ocorreu em Busan, na Coreia do Sul, e resultou em uma nova trégua comercial entre as duas maiores economias do mundo. O acordo prevê redução nas tarifas sobre produtos chineses e retomada da compra de soja americana, além da manutenção do diálogo bilateral. O entendimento trouxe alívio parcial aos investidores, mas o mercado reagiu com moderação, à espera de medidas concretas de ambos os governos.

No Brasil, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) registrou a criação de 213 mil empregos formais em setembro, número 15,6% menor que o de 2024. Mesmo com a desaceleração, o resultado superou as projeções e diminuiu a expectativa de corte imediato na taxa Selic. A possibilidade de juros mais altos por mais tempo sustentou o dólar e conteve parte do avanço da bolsa.

Apesar da cautela, o Ibovespa acumula sete altas consecutivas e já sobe 23,69% no ano. O desempenho é impulsionado pela valorização do minério de ferro e pela expectativa positiva em torno do balanço da Vale, previsto para sexta-feira (31). O índice chegou a tocar 149.234 pontos na máxima intradia, antes de encerrar com leve ajuste técnico.

No exterior, as bolsas americanas recuaram após o anúncio do acordo. O S&P 500 caiu 0,99%, o Nasdaq perdeu 1,57% e o Dow Jones recuou 0,24%. Na Europa, os índices encerraram o dia com variações pequenas, enquanto as bolsas asiáticas tiveram desempenho misto.

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