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Cidades

Ação contra "rainha" do narcotráfico destrói toneladas de maconha

Ação acontece nesta quarta-feira (20) com incursões aéreas, terrestres e fluviais

Por Dayene Paz e Helio de Freitas, de Dourados | 20/08/2025 09:15
Ação contra "rainha" do narcotráfico destrói toneladas de maconha
Identificação de "Rainha" em pacotes de drogas. (Foto: Divulgação)

Agentes da Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos) desmantelaram um gigantesco esquema de produção e distribuição de drogas no departamento de Canindeyú, no Paraguai, localizado a 30 km do território sul-mato-grossense. A operação foi chamada de "Rainha", porque era comandada por Selva Elizabeth Portillo Rodas, também apontada como mandante de série de execuções na faixa de fronteira.

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Operação "Rainha" da Senad desmantelou esquema de produção e distribuição de drogas em Canindeyú, Paraguai, a 30 km da fronteira com Mato Grosso do Sul. A ação resultou na destruição de mais de 9.600 quilos de maconha, 200 quilos de sementes e 20 quilos de haxixe, além da apreensão de equipamentos e veículos. A operação recebeu este nome por ser comandada por Selva Elizabeth Portillo Rodas, presa em agosto de 2023. Ela é acusada de ordenar assassinatos na região de fronteira e manter ligações com Felipe Santiago Acosta, conhecido como "Macho", criminoso mais procurado do Paraguai.

A operação aconteceu nesta quarta-feira (20) e combinou incursões aéreas, terrestres e fluviais, contando com o apoio do CODI (Comando de Operações de Defesa Interna) e do Ministério Público. O acampamento ficava na Villa Ygatimí, povoado do Departamento de Canindeyú.

Ação contra "rainha" do narcotráfico destrói toneladas de maconha
Acampamento destruído pela Senad. (Foto: Divulgação)

Segundo a polícia, foram destruídos mais de 9.600 quilos de maconha em diferentes estágios de produção e prensagem, 200 quilos de sementes e 20 quilos de haxixe. Foram desmantelados 17 acampamentos improvisados e seis prensas rústicas usadas para compactar a droga.

Além disso, foram apreendidos uma embarcação com motor de popa, oito motocicletas, um fuzil calibre 7,62 mm, semeadoras, peneiras e um gerador — equipamentos que sustentavam toda a logística do esquema. O prejuízo para o crime é estimado em cerca de US$ 1,44 milhão, considerando o valor médio da maconha no mercado brasileiro.

Atualmente, Selva está presa. Ela foi localizada em 22 de agosto do ano passado pelos policiais paraguaios, quando viajava em uma caminhonete blindada, acompanhada de três seguranças armados com pistolas e um fuzil, e do marido, que é vereador em povoado da fronteira. O veículo foi cercado pelos agentes da Senad e não houve resistência.

Supostamente ligada a Felipe Santiago Acosta, o “Macho”, bandido mais procurado atualmente no Paraguai, Selva teria ordenado vários assassinatos de rivais nos últimos meses. Ela também é acusada de ter mandado matar o padrasto.

Ação contra "rainha" do narcotráfico destrói toneladas de maconha
Selva quando foi presa em agosto do ano passado. (Foto: Arquivo | Campo Grande News)

No dia 23 de abril, quando já estava sendo procurada pela polícia paraguaia, Selva ligou para a Rádio Curuguaty e ameaçou o radialista e ex-deputado Julio Colmán por ele divulgar as suspeitas da polícia contra ela no programa.

“Não abra mais sua boca sem saber a realidade”, afirmou a mulher. Na mesma entrevista, ela negou ligação com Felipe Acosta. “Se tem filhos e tem mãe, por favor, te peço, pense bem antes de falar de mim porque meus filhos estão sofrendo”, disse Selva, em tom de ameaça.

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